EM NOVO PROJETO

Candiota será palco para audiovisuais de César Oliveira e Rogério Melo

Trabalho é comandado pelo candiotense Letiére Navarrina, que também foi o responsável pelo clipe da música “Milonga Abaixou de Mau Tempo” lançado no mês de março

Letiére começou a trabalhar com a dupla em 2023 Foto: Divulgação TP

No último dia 15 de março, os gaúchos acompanharam a divulgação do clipe da música “Milonga Abaixo de Mau Tempo”, escrita por Mauro Moraes e regravada pelos cantores César Oliveira e Rogério Melo, no projeto Cancioneiro do Rio Grande do Sul. O audiovisual foi criado, captado e editado pelo candiotense Letiére Navarrina e sua equipe, que afirma que pelo menos dois clipes terão Candiota como palco e com produções ainda maiores.

 

CONTATO COM OS ARTISTAS

 

Durante a conversa, Letiére contou que está trabalhando com a dupla desde o Canto Moleque do ano passado, quando um material foi gravado com mais de 25 artistas renomados do Rio Grande do Sul, onde falaram sobre a importância do festival que dá oportunidade para jovens artistas, sendo que César e Rogério estavam entre estes. “Rodamos o Estado inteiro para capturar as entrevistas e em Eldorado encontramos a dupla. Logo que retornamos para Candiota, surgiu o convite para fazer um material para a dupla. Após verem o resultado desse material, surgiu um novo convite para ser o produtor deles”, contou o profissional, dizendo que desde então começou a produzir todo o audiovisual dos músicos.

Segundo ele, de lá pra cá muitos conteúdos foram produzidos, e recentemente começaram a criar videoclipes, sendo o primeiro lançamento marcado pelo clássico “Milonga Abaixo de Mau Tempo”, que faz parte do projeto Cancioneiro do Rio Grande do Sul. Navarrina disse que apresentou a ideia de que os clássicos precisavam ser emoldurados e que precisavam dar uma movimentada no mundo audiovisual gaúcho, pois segundo ele, todas as produções vistas até então eram semelhantes, com o mesmo sentido de gravar próximo a uma mangueira ou galpão, sem roteiro. “O resultado foi aquele apresentado, e a resposta da internet foi muito rápida e importante. Era realmente o que esperavam de uma produção gaúcha. Os comentários são diversos, como – É disso que o Rio Grande precisa! Músicas bem cantadas, clipes bem produzidos e clássicos emoldurados. O Rio Grande vive”, mencionou ele, destacando que “comentários como esses são milhares e motivam a fazer melhor”.

 

O CLIPE

Clipe foi lançado em 15 de março Foto: Divulgação TP

O primeiro passo para o clipe foi a gravação da música, realizada no Tri Estúdio que é de propriedade do próprio Rogério, localizado em São Gabriel. Ainda na cidade, uma das locações foi a famosa Tropilha da Floresta, além de terem ido também para Aceguá e Estância da Lagoa, para captarem as cenas do gado atravessando o rio.

Segundo Letiére, a produção foi rápida e em cada localidade gravaram em um dia, sendo que a montagem e edição duraram cerca de 10 dias. Ao ser perguntado sobre o maior desafio encarado durante o trabalho, ele respondeu que foi o tempo, que precisava ficar feio e fechado, como pede a letra. “Algumas vezes nos preparamos e o sol não colaborava. O efeito do quadro flutuando também foi um desafio, pois não foi feito digitalmente. Montamos uma grande estrutura para que fosse convincente e só após entrou os efeitos de edição”, explicou.

 

 PARA CANDIOTA

 

De acordo com Navarrina, o projeto conta ainda com mais quatro clipes que serão lançados, confirmando que Candiota está incluída como palco. “Posso confirmar que pelo menos dois deles serão gravados em Candiota, com produções bem maiores, nos próximos dias”, disse ele.

O candiotense ainda destacou que estar trabalhando com César e Rogério é algo que não imaginava, e que receber esse reconhecimento no Estado e poder dizer que é de Candiota, para quem elogia as produções, é muito bom. “Trazer eles para nosso chão e criar um clipe aqui é muito importante para mim. Eles são grandes artistas. Por onde passamos, se criam filas imensas de pessoas que querem ao menos uma foto com a dupla. É absurdo o carisma deles, são seres humanos iluminados e cheios de talento”, mencionou.

A atual equipe Navarrina é composta por mais cinco pessoas, Jaquison Rodrigues, Pedro Gabriel, Rurik Nunes, Augusto Pacheco e Leonel Nardon Junior. Ao finalizar, Letiére disse que o resultado alcançado não seria possível sem cada um deles. Ele também agradeceu o jornal por dar importância ao trabalho deles. “Se de alguma forma esse assunto se torna interessante para o jornal, significa que estamos no caminho certo. Por onde passamos, levamos conosco as raízes e a essência de Candiota”, concluiu.

 

A DUPLA

 

Falando pela dupla, César Oliveira disse que o que chamou a atenção em relação ao trabalho do “Navarra”, como o chama carinhosamente, foi o ser humano e o compromisso pelo trabalho, mas que logo perceberam o essencial para um profissional, o talento. “O setor de produção, criação e audiovisual é onde mais atuo dentro da nossa carreira e quando solicitado para reger algum projeto de outros artistas, empresas. Já dirigi, roteirizei vários DVDs, direção de arte de muitos colegas além da nossa carreira”, contou, falando que justamente a maior carência neste meio é de profissionais que além do talento e sensibilidade, tenham a identidade que defendem e dividem, e que isso Letiére tem muita prioridade.

“E ele é um artista e poucos são, ele possui todas as características de um verdadeiro artista. Seu talento e amor pelo que faz o diferenciam, e da mesma forma o coloca em um patamar que pode ser muito explorado e ao mesmo tempo fazer com que sua arte se eternize. Isso é fundamental para o artista”, destacou, contando que o clipe já estava programado, mas que a falta de profissionais sempre foi uma barreira, e que tinha que literalmente colocar a mão na massa, “mas vendo o trabalho dele pensei, ufa, finalmente”.

César também citou que eles têm muita responsabilidade em produzir um conteúdo para que as pessoas possam nutrir-se do mesmo. “Esta música é um dos mais importantes clássicos do nosso Cancioneiro, e já vínhamos cantando ela no palco há mais de ano”.  Sobre o projeto, ele disse que é muito importante para a dupla, pois é fundamentado em gerar informações para aqueles que não conhecem ou estão esquecendo da importância da cultura gaúcha. “A música possui esta magia, ultrapassar fronteiras, porém desde o nosso primeira trabalho audiovisual, Pátria Pampa, tive o cuidado em mostrar também através de imagens e sempre valorizando a fotografia, a beleza, o encantamento do nosso pampa, nossa riqueza cultural”, explicou, falando que cada canção é uma história, cada história é um filme e que estão bem de ginete. “Aguardem, este jovem talento tem muito para mostrar. Nós agradecemos a uma força divina que nos uniu”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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