De acordo com o alerta emitido no celular de uma leitora do Tribuna do Pampa, que mostra o clima da cidade, a qualidade do ar em Candiota estava insalubre na terça-feira (10), devido aos incêndios no Brasil.
Nesta quarta-feira (11), uma matéria foi publicada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, divulgando orientações para a população em conjunto com as secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), de Saúde (SES) com a Fundação Estadual de Proteção Animal (Fepam). “O cenário deve mudar a partir de quinta-feira (12), com a chegada de uma frente fria, que trará chuvas que irão ajudar a limpar a atmosfera, embora haja a possibilidade de ocorrer a chamada chuva preta, ocasionada pelos poluentes suspensos na atmosfera. A frente fria também trará ventos do sul, que irão empurrar a fumaça para fora do Estado, melhorando a qualidade do ar”, consta no material, ressaltando que nesta sexta-feira (13), a situação deve melhorar.
Na região, a presença da fumaça pôde ser vista durante toda esta semana, tendo inclusive a presença do sol com tons alaranjados e o cinza tomando conta do azul do céu.
De acordo com a Agência Brasil, o país teve 11,39 milhões de hectares atingidos pelo fogo somente neste ano, de janeiro ao mês de agosto, segundo os dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, que foi divulgado nesta quinta-feira. “Desse total, 5,65 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total deste ano”, diz parte do texto, destacando que nestes primeiros oito meses de 2024 as chamas se alastraram principalmente em áreas de vegetação nativa, que representam 70% do que foi queimado.
Ainda conforme a matéria, para este período, os estados do Mato Grosso, Roraima e Pará foram os mais atingidos, respondendo por mais da metade, 52%, da área alcançada pelo fogo. “São três estados da Amazônia, bioma mais atingido até agosto de 2024”.
CUIDADOS COM A SAÚDE
O Governo do Estado alerta para os cuidados com a saúde, como o monitoramento das previsões meteorológicas e a qualidade do ar, aumentar a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas, evitar atividades ao ar livre e manter as portas e janelas fechadas, além do uso de máscara também ser sugerido em algumas situações, para auxiliar na redução da exposição às partículas maiores, especialmente em pessoas com condições crônicas, como pneumopatas, cardiopatas, e pessoas com problemas imunológicos.
Há orientação também para os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e gestantes, que devem estar atentos aos sintomas respiratórios, buscando atendimento médico imediatamente caso seja necessário. O material também faz alerta para a chuva preta, já vista na região, que é o resultado da interação do material particulado, proveniente da fumaça presente no ambiente com o vapor de água da atmosfera. “Esse fenômeno gera a precipitação de chuva com coloração escura, que pode apresentar contaminantes nocivos à saúde humana, tornando-a imprópria para consumo humano”.
A Fepam irá divulgar um Plano de Emergência para episódios críticos de poluição do ar, que visa a uma coordenação em conjunto de medidas preventivas a serem tomadas pelo governo do Estado, pelos municípios, pelas entidades privadas e pela comunidade em geral, com o objetivo de minimizar riscos à saúde da população.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*