ESPECIAL DIA DOS NAMORADOS

Casal de namoradas de Candiota comemora um ano de relacionamento

Elas também contaram ao jornal sobre início de relacionamento em meio à pandemia

Carinho e companheirismo fazem parte da rotina de Flávia e Káren Foto: Divulgação TP

“A Karen me convidou para ir a Bagé na casa dela para tomar um chimarrão, logo eu que não gostava de chimarrão (risos)”, disse Flávia Cunha, de 29 anos, ao Tribuna do Pampa, ao contar como teve início o relacionamento entre ela e a bageense Káren Souza, também de 29 anos.

O casal completa um ano de relacionamento no próximo dia 19 de junho, contou ao jornal como teve início um relacionamento em meio à pandemia da Covid-19. Segundo Flávia Cunha, o que inicialmente era uma amizade se transformou em amor. “A Káren puxou assunto em rede social e depois me convidou para um encontro. Nos vimos pela primeira vez pessoalmente seguindo os protocolos. Fui a Bagé usando máscara e álcool gel, começamos a conversar e a partir dali começou uma relação. Afinidades foram surgindo, a vontade de estarmos juntas aumentando a cada dia e, consequentemente, um sentimento de carinho e afeto até notarmos que já era amor”, contou.

Ao serem questionadas sobre o que mais gostam de fazer juntas, elas fizeram referência a momentos simples, de casal, mas que aguardam passar a pandemia para fazerem uma viagem. “O que mais gostamos de fazer juntas é tomar chimarrão, uma cerveja em meio a conversas, risos e brincadeiras. Adoramos colocar uma música em casa e dançarmos, mas temos planos para viajar e curtir juntas”, destacou Flávia, contando também que nesses 12 meses o momento mais marcante foi quando decidiram compartilhar a vida juntas e a Karen se mudou para Candiota.

As duas apaixonadas relembraram também já terem vivenciado momentos de altos e baixos, superados sempre por meio do amor. “Nem tudo é só alegria, mas o nosso amor faz com que nos agarremos uma na outra e que juntas sejamos mais fortes. O amor pra nós é um sentimento de carinho, demonstração de afeto, companheirismo uma com a outra, independente da situação”, manifestou Káren.

PRECONCEITO Flávia expôs ao jornal ter assumido a homossexualidade aos 20 anos e Káren aos 27, após passar pela experiência de uma união heterossexual. Felizmente elas contaram ao jornal não terem lidado até o momento com o preconceito, visto o relacionamento delas com as famílias serem bem tranquilos.

Por outro lado, Flávia diz que o preconceito sempre existiu e ainda existe nos dias atuais, porém ser necessário lembrar que em primeiro lugar é preciso aceitar as circunstâncias, o que às vezes demora a acontecer. “Depois da aceitação própria o preconceito é do outro, pensamos que temos que respeitar nossa vontade e nossas necessidades. Assumir sempre vai provocar no outro alguma reação, boa ou ruim, mas não devemos deixar que isso nos afete. O problema é do outro que parou no tempo e não consegue enxergar que todos somos livres para sermos amados e amar quem quisermos, e que escolher viver o amor com uma pessoa do mesmo sexo não muda nosso caráter e nem deixamos de ser menos que alguém na sociedade”, afirma.

Ela finaliza dizendo aconselhando todas as pessoas a se permitirem amar e viver. “Desde que sempre haja amor, seja com quem for e como for”.

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