CONTROLE POPULACIONAL

Castrados os cinco primeiros animais por meio de convênio em Pedras Altas

Procedimentos ocorrem no município de Pinheiro Machado

Secretário Celso e vereador Arildo Madruga acompanharam a saída dos primeiros animais junto a Vigilância Sanitária Foto: Divulgação TP

A Prefeitura de Pedras Altas, através da Secretaria Municipal de Saúde iniciou nesta semana o Programa de Castrações de Cães e Gatos. O projeto ocorre por meio de um convênio firmado com município de Pinheiro Machado.

Cinco animais entre grande e pequeno porte foram encaminhados para o início das atividades, acompanhados pelos servidores da Vigilância Sanitária e Endemias Leandro Bandeira, Lenir Azambuja e Diony Gimenez.

O secretário de Saúde Celso Caetano destacou o início do trabalho como muito importante, pois se comunica direto também com a saúde pública no controle de zoonoses e auxilia no controle populacional de cães e gatos.

Participante ativo no processo de implantação do projeto com destinação de recursos de emenda impositiva, o vereador e presidente da Câmara pedrasaltense, Arildo Madruga (Progressistas), disse que o momento foi histórico para a cidade. “Este foi um projeto de campanha que ainda não havia sido colocado em prática. Fizemos parte do processo, mas nada seria possível sem o entendimento e compreensão, por parte do Executivo, quanto à importância de iniciação de um projeto de saúde pública na cidade, bem como dos colegas vereadores, também apoiadores desta causa”, afirmou.

Para o prefeito Bebeto Perdomo, que não pode estar presente por agenda prévia na capital gaúcha o projeto é histórico para Pedras Altas. “Mais uma vez está sendo revertido em prestação de serviço público a boa relação entre os poderes Executivo e Legislativo”, lembrou.

Primeiros animais pelo programa foram castrados esta semana Foto: Divulgação TP

PROGRAMA – O projeto tem como base o território do município de Pedras Altas, e contempla o projeto de esterilização. Segundo apurado, serão priorizados, mediante prévio cadastro e fila de espera, os animais domésticos errantes e população com baixa renda.

As inscrições devem ser feitas na Secretaria de Saúde, no setor de Vigilância Sanitária. O responsável pelo animal deverá apresentar no ato da inscrição o comprovante de sua residência no município de Pedras Altas, e em programa social.

O projeto tem previsão de três esterilizações mensais para família de baixa renda, uma esterilização mensal independente de critério de renda e uma esterilização mensal para animais errantes, que circulam pela área urbana, sendo que em contra partida ao município de Pinheiro Machado, haverá a disponibilização de uma castração mensal, contabilizando seis castrações mensais.

Voluntária da causa animal fala sobre a importância do projeto

Márcia junto a cadelas castradas pelo programa Foto: Divulgação TP

O projeto de castrações já era bastante esperado no município para que pudesse haver um controle populacional de cães e gatos. Dois dos animais encaminhados para castração pelo convênio foram duas cadelas, que estavam sendo acompanhadas pelas voluntárias da causa animal em Pedras Altas, Márcia Barcelos e Andréia Cardoso.

Ao TP, Márcia Barcelos disse que o início do projeto de castrações será importante para a cidade. “Assim temos a esperança de diminuir a procriação e os animais abandonados”, frisou.

TRABALHO – Márcia e Andréia, que também são professoras, dão assistência a animais de rua. Márcia contou ao jornal que alimenta sete animais atualmente. “Tenho casinhas na frente e no pátio da minha casa para eles. Cuidamos de animais que foram largados em estado deprimente de fome, animais machucados das caçadas de porco javali. A cadelinha enviada para a castração foi largada muita magra, toda cortada na cabeça, sem enxergar de um dos olhos por estar rasgado das unhas dos porcos e todos os mamilos pendurados por serem mordidos”, relatou.

Questionada pelo jornal, Márcia contou que os alimentos e medicações são fornecidos por meio de recursos próprios, apenas é solicitado quando os valores se tornam inacessíveis. “Alimentamos e medicamos todos eles do nosso próprio bolso, sem ajuda de ninguém. Às vezes, quando estamos necessitados, pedimos colaboração para comprar medicações mais caras, pois além dos que temos aqui nas nossas casas ainda ajudamos outras pessoas que também precisam”, contou a voluntária.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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