*Por Cristian Canto
Na sociedade contemporânea, o tema da diversidade tem ganhado cada vez mais destaque. É evidente que não somos todos iguais, e essa diversidade não se restringe apenas a diferenças óbvias, como cor da pele ou gênero, mas também abrange uma vasta gama de características, experiências e perspectivas que cada indivíduo carrega consigo.
O padrão de beleza e comportamento imposto pela sociedade está gradativamente minando a naturalidade das pessoas. Isso ocorre devido à padronização da aparência, pressão para o aperfeiçoamento, falsa representação nas mídias sociais e impacto na saúde mental. Para reverter essa tendência, é crucial promover a aceitação da diversidade física e valorizar a naturalidade de cada indivíduo, cultivando uma cultura de inclusão e respeito pela autenticidade.
O fato é que ser diferente tornou-se algo ruim, qualquer característica visual ou intelectual é motivo de investigação, ou de pitacos do tipo: “Procura um médico” ou “só mexer aqui e ali que resolve”.
Ser diferente não significa ser inferior ou menos valioso. Pelo contrário, a diversidade nos permite aprender com as experiências e pontos de vista uns dos outros, promovendo a compreensão mútua, a tolerância e o respeito.
É importante reconhecer que as diferenças podem ser uma fonte de força e criatividade, impulsionando a inovação e o progresso em todas as áreas da vida. Portanto, ao invés de tentar se conformar a padrões estreitos ou de suprimir nossas características únicas, devemos abraçar e valorizar a diversidade, reconhecendo o valor intrínseco de cada pessoa como ela é.
São temas que mesmo estando em discussões distintas carregam enorme relevância. O primeiro, em relação ao aspecto intelectual, vejo crianças sendo tratadas como robôs, se são muito calmas precisam de investigação médica, se são muito agitadas precisam de repreensão, mas qual é o limite ou meio termo? Quem decide isso?
Imagine se Albert Einstein tivesse perdido sua espontaneidade e naturalidade, teria ele sido o autor da Teoria da Relatividade e recebido o prêmio Nobel de Física?
E falando em beleza física, quem determina essa condição? O que estamos vendo são as pessoas transformando seus rostos em qualquer coisa num padrão decidido por não sabemos quem.
Para fechar, Madonna em um show de sua turnê em Las Vegas, nos Estados Unidos, parou a apresentação para chamar a atenção de um fã, que acompanhava o show sentado,o que ela não imaginava é que o homem era cadeirante.
Até onde vai a determinação de como agiremos para sermos aceitos por uma sociedade que não sabe exatamente aonde quer chegar? Se eu não sou bom em matemática, preciso de um médico, se não sou bonito preciso de harmonização facial e se não quero ou não posso ficar em pé, não tenho direito de ir a um show?
Devemos seguir dando ouvidos a quem está querendo definir o que é o padrão a ser seguido?
Não, não há nada de errado em ser diferente. A diversidade é uma parte natural da condição humana e é fundamental para enriquecer nossas sociedades e culturas. Cada indivíduo é único, com suas próprias características, experiências e perspectivas, e isso é algo a ser celebrado, não criticado.