PÁSCOA

Chocolate artesanal é alternativa de renda e custo acessível ao consumidor

Ovos de colher e barras de chocolate recheadas têm sido os ítens mais procurados pelos consumidores para presentear no domingo de Páscoa

Sula Gasso investiu na produção dos chocolates pelo segundo ano Foto: Divulgação TP

Páscoa, comemorada neste ano no próximo domingo (4), além de ser lembrada de forma religiosa pela ressur­reição de Jesus Cristo, também é doce pela tradição de presentear aqueles que se ama com choco­lates. Crianças e adultos de todas as idades esperam pela chegada do “Coelho da Páscoa”, deixando a data com um ar mágico e nostál­gico. Apesar do sentimento que a data representa, o lado comercial é intenso assim como em outras datas do ano.

Além de supermercados e lojas de chocolates ficarem reple­tas de ovos, caixas de bombom e chocolates em barra para a data, um setor que cresceu bastante nos últimos anos é o da fabricação ar­tesanal de ovos de chocolate para a Páscoa, proporcionando uma renda extra para as confeiteiras e preços mais acessíveis para o consumidor.

A reportagem do TP con­versou com duas confeiteiras que literalmente colocaram a mão no chocolate neste período. De Hulha Negra, Sula Gasso dos Santos, 30 anos, da Delícias da Su, trabalha no ramo da confeitaria há pouco mais de um ano e começou a fazer chocolates para a Páscoa no ano passado. “Sempre gostei de assistir realities que tivessem a ver com bolos, então um belo dia resolvi tentar e fazer bolos, o que deu super certo e então nunca mais parei. No passado vieram os produtos para a Páscoa. Procurei recheios variados e formatos que se adequassem a minha realidade, pois trabalho sozinha”, contou Sula.

Entre os produtos enco­mendados para a Páscoa deste domingo estão ovos de colher, ovo frito de chocolate e joysticks (controles de videogame). Ela disse que a maior procura foi pelos ovos de colher e que nada mudou apesar da pandemia. “Graças a Deus tive bastante procura, inclu­sive tive que encerrar os pedidos de encomendas antes do previsto. Houve aumento na procura por chocolates, acredito que seja por­que o preço dos ovos de Páscoa no mercado estão muito caros e os meus além de feitos de forma especial são entregues diretamente na casa das pessoas”, relatou.

Lucili Camargo é proprietária da Brigatello e quando conversou
com o TP já estava iniciando a produção dos ovos de colher Foto: Divulgação TP

Em Candiota, a data tam­bém é motivo de uma renda extra para a confeiteira Lucili Duarte Camargo, de 37 anos, da Brigatello. Ela contou ao jornal que começou no ramo em 2012 após conhecer o trabalho da @mariabrigadeirooficial. “Comprei livros, estudei, fiz alguns testes e na Páscoa do mesmo ano criei uma marca, a #LuluBrigadeiro e resolvi fazer alguns mimos para presentear alguns familiares, foi sucesso total e gratificante demais receber os feedbacks positivos. Depois disso começaram a surgir algumas encomendas. O foco eram os brigadeiros gourmet, bo­leados, de colher, com amêndoas, de maracujá, limão e afins. Entre erros e acertos fui levando os doces como uma renda extra, um “bico” como se diz, nada formal e oficial”, contou Lucili destacando também os primeiros chocotones em 2014.

Em 2016 ocorreu a troca de nome, surgindo a #Brigatello e em 2017 o início da dedicação exclusiva para a confeitaria. Lu­cili falou pelo amor à profissão. “Sou extremamente apaixonada pelo que faço, muitas vezes cansativo, exaustivo, dá vontade de desistir. Mas tem o lado bom, aliás, maravilhoso desta profissão, o reconhecimento, os feedbacks dos clientes, a expressão de cada pessoa quando coloca os olhos nos produtos e as sensações que pro­vocamos. Isso não tem dinheiro que pague”, contou.

Com relação à Páscoa, Lucili contou que em 2015 fez os primeiros ovos de colher com a intenção de inovar, pois estavam recém sendo lançados no mercado. Ela contou que o produto continua sendo o carro-chefe de vendas. “Em 2021 oferecemos os ovos de colher, que continuam sendo os preferidos, mas trouxemos também as barras recheadas com frutas vermelhas e damasco com mix de nuts. A procura cresce a cada ano e por incrível que pa­reça com a pandemia as vendas alavancaram bastante. Em meio a tantas incertezas, isso nos surpre­endeu positivamente”, destacou a confeiteira.

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