LITERATURA

Colunista do TP integra equipe de autores de livro em homenagem ao diplomata Joaquim Francisco de Assis Brasil

Guilherme Barcelos também é organizador da obra junto à presidente do IGADE, Francieli Campos

Guilherme Barcelos Foto: Divulgação TP

Coordenada pela presidente do Instituto Gaúcho de Direito Eleitoral (IGADE), Francieli Campos, natural da cidade gaúcha de Farroupilha e pelo membro do IGADE, o bageense e colunista do Tribuna do Pampa Guilherme Barcelos, será lançada a obra “O Livro que Amanha a Alma: estudos em homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil”.

O lançamento está previsto para ocorrer em dezembro deste ano, durante as comemorações pelo centenário do Pacto de Pedras Altas, que pôs fim à Revolução de 1923 e abriu os caminhos para a instituição da Justiça Eleitoral brasileira. Um evento comemorativo será realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER) do Rio Grande do Sul, promovido em Pelotas e no próprio Castelo de Pedras Altas, dentre os dias 7, 8 e 9 de dezembro.

Em entrevista ao TP, Guilherme Barcelos disse que a ideia da obra surgiu a partir de conversas com a presidente do IGADE Francieli Campos. “Comemoramos, em dezembro deste ano, o centenário do Pacto de Pedras Altas. Assis Brasil, no mais, é o pai da Justiça Eleitoral brasileira. Então, pensamos? O que poderia ser feito para registrar o momento? Bom, Assis Brasil era homem das letras. Façamos um livro!”, explicou.

Questionado a falar sobre o que representa organizar o livro e como está sendo o trabalho, ele fala em satisfação. “Representa uma satisfação gigante, além de uma honra tremenda. Pela iniciativa do IGADE, sob a condução do IGADE e da presidência do IGADE. Pelo registro que estamos fazendo a uma das figuras mais imponentes da história do Brasil. E por dividir a empreitada com a presidente da Instituição, que tem sido uma grande parceira de caminhada, dessa caminhada da qual brotará a primeira publicação da história do Instituto. A responsabilidade não é pouca. E nós estamos dando conta do recado. Agraciados, aliás, com a acolhida de muitas personalidades do meio jurídico, que já nos remeteram belíssimos textos”, explanou.

Fracieli Campos Foto: Divulgação TP

O jornal também contatou com a presidente do IGADE, que falou em emoção. “O trabalho de coordenar a organização do livro de estudos em homenagem à Joaquim Francisco de Assis Brasil, ao lado do Dr. Guilherme Barcelos tem sido muito gratificante e especialmente emocionante. Esta publicação do IGADE representa, para mim, mais do que uma homenagem a um dos mais brilhantes e iluminados cidadãos brasileiros, representa sobretudo uma forma de honrar o seu legado inestimável para construção da democracia e da Justiça Eleitoral pátrias”, manifestou Francieli.

 

SOBRE O LIVRO

Capa da obra gentilmente antecipada ao TP Foto: Divulgação TP

A obra da editora Habitus é escrita de forma coletiva em homenagem ao grande Joaquim Francisco de Assis Brasil. Gentilmente, Barcelos resumiu a obra ao jornal.  “O Livro que Amanha a Alma: estudos em homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil” é uma obra coletiva que reúne textos de autores (as) de diversos matizes, dentre magistrados, membros do Ministério Público, servidores da Justiça Eleitoral, advogados, jornalistas e acadêmicos, não apenas do campo do Direito, mas da história e da ciência política. Uma obra que tem como substrato o intuito franco dos organizadores de fazer rememorar, para que não esqueçamos, uma figura das mais relevantes na história brasileira: Assis Brasil. Rememorar e registrar. Registrar para que nunca se perca. Ainda mais pelo contexto: o centenário do Pacto de Pedras Altas, que pôs termos à Revolução de 1923”.

Contará com paridade de gênero, com metade dos textos escrito por mulheres e metade de por homens com temas variados como Revolução de 1923, Pacto de Pedras Altas, Castelo de Pedras Altas, criação da Justiça Eleitoral, Código Eleitoral de 1932, Voto Feminino, Participação feminina na política, Processo Judicial Eleitoral, Ilícitos Eleitorais, Judicialização da Política e Desinformação.

A apresentação ficará a cargo da desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS). Já o prefácio será escrito pela ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O título da obra, “O Livro que Amanha a Alma: estudos em homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil”, surgiu através da ideia da presidente do IGADE, Francieli, que expica:

“A genialidade de Assis Brasil, todos nós conhecemos, do gado à engenharia, dos livros à política. Mas para mim, aqui ela fica expressa de forma muito especial. Percebam o uso das palavras: o *arado educa* a terra, e o *livro amanha* a alma. Ouso dizer que nenhum de nós diria isso. Dizer que o arado educa, e não o livro, é algo não usual, concordam?Amanhar, de acordo com o dicionário Oxford, significa lavrar, cultivar. O arado educa e o livro amanha, cultiva, lavra? A primeira vez que li fiquei intrigada, pensativa, reflexiva. Me causou certo desconforto a colocação das palavras. Com o passar do tempo, quanto mais estudei sobre a vida e a obra dele, esse verso foi se aclarando para mim, com certa graça. Ao longo desses dias de organização da obra do IGADE, Guilherme e eu temos lidado com diversas questões burocráticas, orçamentos, contrato, convites. E, no meio disso, um dia, ele me mandou uma mensagem: ‘não esqueça de pensar no título do livro’. Pois bem, na hora eu pensei ‘mais isso, ainda’… E pedi para que ele me mandasse as fotos da Revolução de 1923, para que eu me inspirasse. Mas não tive inspiração nenhuma com as cenas de armas, não era isso que eu queria. Decidi que a capa seria com um desenho do castelo, então. E em um domingo de manhã, como hoje, quando preparava meu café, eu pensei: só existe um título possível para uma obra que homenageia quem homenageia, e mandei um áudio para o Guilherme. ‘Já sei o título’. Foi prontamente aceito. E ele deriva dos ladrilhos que se encontram fincados no chão do Castelo: Bem-vindo à mansão que encerra dura lida e doce calma; o Arado que educa a terra; o Livro que Amanha a Alma”. Não precisamos dizer mais nada, é autoexplicativo”.

 

SOBRE OS ORGANIZADORES

 

Francieli Campos é presidente do IGADE, advogada eleitoralista, coordenadora jurídica de campanhas eleitorais, membro da Comissão Especial de Direito Eleitoral da OAB/RS.

Guilherme Barcelos é doutorando em Direito pelo IDP/DF, mestre em Direito Público pela Unisinos/RS, pós-graduado em Direito Constitucional (ABDCONST) e em Direito Eleitoral (Verbo Jurídico), graduado em Direito pela Urcamp/RS e Membro Fundador e coordenador institucional da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP). Membro do Instituto Gaúcho de Direito Eleitoral (IGADE), da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-DF e da OAB-RS. Consultor-nacional da Comissão de Direito Constitucional da OAB-RJ. Professor da Pós-graduação em Direito Eleitoral da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), advogado e sócio fundador da Barcelos Alarcon Advogados (Brasília-DF).

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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