SEM PARCELAMENTO

Com placar apertado, municipários de Pinheiro Machado rejeitam acordo sobre vale-alimentação

Para presidente do Simpim, quem venceu mesmo foi a democracia

Plenário contou com a presença de muitos funcionários Foto: Alline Martins/Especial TP

Durante assembleia extraordinária convocada pelo Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (Simpim), os servidores da Prefeitura acabaram por rejeitar por um placar apertado a proposta de acordo feita pelo Executivo para o parcelamento da dívida com o vale-alimentação, que não foi pago de março de 2017 a dezembro de 2020.

A assembleia, comandada pelo presidente do Simpim, Márcio Garcia, lotou as dependências do plenário da Câmara de Vereadores e Vereadoras, inclusive com a presença do prefeito Ronaldo Madruga e do seu vice Rogério Moura, além da presidente da Câmara, vereadora Laura Ratto (MDB).
O Executivo propunha um parcelamento e com isso a retirada da ação judicial coletiva movida em 2018, que pede o pagamento da dívida. Pela proposta, a Prefeitura se comprometeria em abater mensalmente R$ 40 mil, que seria rateado entre os servidores que tivessem direito de receber. Isso geraria 82 parcelas e sem a incidência de juros e correção sobre os valores devidos. Atualmente a dívida com o vale, sem correção e juros, está em mais de R$ 3,2 milhões.

Após algum debate e também esclarecimentos de dúvidas, os presentes votaram de forma secreta, tendo obtido mais votos a rejeição pelo acordo proposto e, portanto, o seguimento da ação judicial. Foram 44 votos contra o acordo e 37 a favor, com uma diferença de apenas sete votos.

Mesa foi composta pelo prefeito, vice, presidente da Câmara ce Simpim, além do advogado do sindicato Foto: Alline Martins/Especial TP

Segundo o presidente do Simpim, o prefeito em conversa informal no final da assembleia, sinalizou que vai estudar uma nova proposta e enviará ao sindicato nos próximos meses, sendo que assim que for recebida, uma nova assembleia será convocada.

Na avaliação do sindicalista, o processo foi bem positivo, pois, segundo Márcio, a categoria teve a oportunidade de exercer sua vontade democraticamente. “O Executivo, embora não tenha tido sua proposta aceita, estreitou seus laços com o funcionalismo entendendo melhor quais seus anseios. Em conversa com o prefeito, que me disse que não levará para o coração a derrota e que entende os motivos da categoria e que estudará juntamente com sua equipe uma nova proposta. Friso que o estatuto não me obriga a convocar assembleia, pois como presidente tenho a prerrogativa de resolver sozinho essas questões, mas nossa diretoria optou pelo voto direto, onde o mais importante até que a proposta em si é o respeito à democracia”, assinalou.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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