
No colégio Protásio Alves ocorreram trabalhos em grupo. Presidente Rubia (C) e demais delegados de Hulha Negra Foto: Divulgação TP
Participação na Conferência Estadual, em Brasília com propostas. Este é o ritmo de trabalho da nova diretoria do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Hulha Negra, que teve delegação eleita durante a Conferência Municipal de Saúde de Hulha Negra, ocorrida em abril deste ano no plenário da Câmara de Vereadores. O CMS de Hulha Negra possui a frente, Rubia Edelvais Silva de Lima, que juntamente com demais integrantes, participou, em maio, da 8ª Conferência Estadual de Saúde, em Porto Alegre, no auditório Araújo Viana.
Em entrevista ao Tribuna do Pampa, Rubia Lima lembrou que as Conferências de Saúde norteiam os planos plurianuais dos municípios, estado e união e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos pontos de maior importância no que tange a participação na conferência. “É de suma necessidade a participação da população diante de um país democrático em que vivemos. Na Conferência, se fizeram presentes municípios que como nós, pela primeira vez participaram ativamente desta construção de propostas que visam garantir e efetivar a saúde do cidadão brasileiro como um todo”, destaca a presidente, acrescentando que entre 206 propostas apresentadas, Hulha Negra se fará presente em Brasília com dez. “Conseguimos eleger uma delegada usuária, dentre 497 municípios, algo histórico para Hulha Negra”, ressalta.
Questionada pelo TP quanto a objetivos e ideias positivas para o município, Rubia diz algumas propostas compiladas na Conferência Municipal e que serão defendidas pela delegação de Hulha Negra, sendo ampliar, fortalecer e investir na atenção básica como porta de entrada e ordenadora do sistema de saúde, utilizando o princípio de equidade; garantir capacitação, educação permanente aos profissionais de saúde, gestores, e usuários no processo do controle social; fortalecer o orçamento participativo e repasse adequado dos recursos ao Estado e municípios; efetivar os princípios da descentralização e da regionalização da atenção à saúde de forma que garanta a universalidade e integralidade nas ações de atenção básica, média e alta complexidade, mas principalmente fortalecer o Sus.

Rubia durante a Conferência, em Porto Alegre Foto: Divulgação TP
A presidente do CMS diz ser uma alegria ver um trabalho se concretizando. “Nada seria possível sem uma comissão que trabalhou incansável para que estivéssemos aptos a estarmos lá. As Conferências são importantes e tem o papel de avaliar a política pública de saúde periodicamente a cada dois ou quatro anos. A conferência tem o papel de formular as diretrizes da política de saúde para determinado período, além de orientar a elaboração do Plano de Saúde. Estar à frente deste importante Conselho, neste momento, é primeiramente gratificante, um trabalho voluntário, onde cada um de nós contribui com sua parcela de cidadania para que tenhamos políticas públicas de excelência neste nosso município de Hulha Negra”, afirma Rubia, que conclui a conversa com o TP fazendo um agradecimento a Secretaria Municipal de Saúde de Hulha Negra, através do secretário Volney Jorge, pelo apoio prestado ao CMS.
Representando Hulha Negra como usuária, estará a delegada do assentamento Palmeiras, Amelinha Lopes, que também foi eleita delegada nacional pela macrorregião Sul. Quanto a conferência e representação do município, Amelinha explanou ao TP iniciando com uma citação de Madre Tereza – “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. Segundo ela, é muito importante estar representando o município na Conferência Nacional. “Vejo o princípio da descentralização se concretizando na prática pois, quanto mais perto do fato for tomada a decisão, maior será a chance de acerto, juntamente com o princípio do controle social, que quanto maior o envolvimento da sociedade na construção e fiscalização das políticas públicas, mais chances de êxito existirão. É aí que se pauta a importância do seguimento dos usuários ser representada pois, são os que estão na ponta do sistema que acompanha o cotidiano das políticas públicas no país e poderão dizer se está realmente acontecendo a equidade e a urbanidade no Sus e se a efetivação acontece como prevê a Constituição de 1988, que em seu artigo 198 pauta a participação da comunidade, se as leis estão sendo cumpridas, os conselhos passam a ser deliberativos e possuindo poderes de decisões. Por isso avalio a importância de estarmos como município representados no Conselho Nacional de Saúde no qual pela primeira vez na história hulha Negra, será representado pelo seu segmento de usuário, isso é um avanço para esta nova gestão que está apenas começando.
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
MESA DIRETORA
– presidente: Rubia Edelvais Silva de Lima
– vice-presidente: Maria Lurdes Thomas
– 1ª secretária: Silvia Helena Acosta de Loreto
– 2º secretário: Flávio Marcelo Franck Plotzk
DEMAIS CONSELHEIROS – titulares e suplentes
-Antônio Hector Bastide Ramos, Silvia Helena Acosta de Loreto (poder público municipal) – Luciana Medeiros Neutzling e Fernanda Moreira Ritta -suplentes
– Adriana Segui, Nely Regina Dornelles Lancelloti (área de saúde) – Mayra Ritta Torres e Nilda Zeferina Dutra Ritta – suplentes
Prestadores de serviço
– Catiucia Padilha Pereira (laboratório)
Juvenal César da Luz – suplente
– Maria Lourdes Thomas (Emater/Ascar)
Vânia Regina Betanzo – suplente
Representantes da Sociedade Civil
– Everaldo Rodrigues Almeida (Comunidade São Roque); Claudete da Silva – suplente
– Rúbia Silva de Lima (Comunidade Salvador Jardim); Verno Leitzke – suplente
– Flávio Marcelo Franck Plotzki (Sindicato dos Trabalhadores Rurais); Gerald Hans Penner – suplente
– Sílvia Terezinha do Nascimento Barbosa (Pastoral da Criança); Arlete Miguelina Bulcão – suplente
– Valdir Silva Leites (Assentamento Abrindo Fronteiras); Amelinha Lopes – suplente
– Rita Daiana Alves Xavier (Cecone – Nova Esperança); Noeli Celso – suplente