DIA DO AUTOMÓVEL

“Costumamos dizer que temos ferrugem no sangue”, diz Ricardo Almeida

Fusca placa preta é uma das paixões de Ricardo Foto: Divulgação TP

Proprietário de um Fusca placa preta – adquirida em veículos com no mínimo 90% de originalidade – e um Del Rey, o integrante do Clube Clássicos Bagé, Ricardo Almeida, conversou com a reportagem sobre o clube e o gosto por carros antigos.
Segundo Almeida, o Clássicos Bagé foi fundado em 2013 e conta com mais de 80 componentes. Tendo a frente o presidente Marcos Dutra, Ricardo que também é relações públicas do grupo, conta que como os componentes são apaixonados por carros antigos, além de satisfazer o gosto pessoal de cada um, o clube tem por objetivo preservar e cultivar a história automobilística do Brasil.
Quando questionado sobre como é a vida de um apaixonado por carros antigos, ele diz ser normal. “Única diferença é o gosto pelos carros antigos. Arrumamos, pintamos, reformamos até deixar como saiu da fábrica. Costumamos dizer que temos ferrugem no sangue”, afirmou Ricardo.

Ricardo com outros apaixonados por carros antigos durante encontro antes da pandemia da Covid-19 Foto: Divulgação TP

O CLUBE – Ele contou ao TP que através do clube já participou de encontros de carros antigos em Bagé, São Lourenço do Sul, São Gabriel, Cassino, Lavras do Sul, Caçapava do Sul, Melo (Uruguai), Santa Cruz, Dom Pedrito e Pinheiro Machado, sempre representando o clube e Bagé. Ricardo contou que os carros fazem toda viagem rodando. “Sempre viajamos em comboio, somos uma família unida pelo mesmo gosto e objetivo. Nem sempre todos conseguem participar, que viajam conforme a disponibilidade. Agora estamos parados em razão da pandemia, mas de quase dois em dois meses ocorriam encontros, sendo o de Mello, no Uruguai, no mês de julho, o evento oficial realizado naquele país e que chega a reunir cerca de 600 carros antigos entre brasileiros e uruguaios”, contou.
Ainda sobre as viagens, Ricardo contou que em razão de viajarem juntos, fazem as paradas em postos de combustíveis também juntos e ser difícil dar algum problema. “Os carros são sempre revisados. Claro que por serem antigos não são flex e nossa gasolina tem 25% de álcool e alguns problemas ocorrem às vezes em razão disso, mas temos ferramentas, tudo é organizado, resolvemos no local e seguimos viagem”, explicou.
Sobre os encontros, ele citou além do Bagé, cidade natal que reúne de 200 a 220 carros, o de São Gabriel é um dos maiores do Sul do Estado, chegando a contabilizar 300 carros. Almeida ressaltou a importância de participar dos encontros. “Todos são muito bons. Nos reunimos, paramos em hotéis ou alugamos imóveis. São todos apaixonados por carros antigos, com o mesmo objetivo. Encontramos outras pessoas de outros clubes e outras cidades, confraternizamos, fizemos aquele churrasco. Sempre tem algum evento, fizemos muitas amizades, é uma confraternização”, contou Ricardo, destacando também o aumento da participação feminina nos encontros de carros antigos.

Em direção a um encontro de carros, no Uruguai Foto: Divulgação TP

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