EDUCAÇÃO

Crise financeira leva a alterações na rede municipal de ensino de Pinheiro Machado

Escola Ana Tereza da Rosa passou a contar com classes multisseriadas

Escola Ana Tereza da Rosa passou a contar com classes multisseriadas Foto: Arquivo TP

A situação financeira enfrentada pelo município de Pinheiro Machado tem ocasionado mudanças em diversas áreas. Medidas foram tomadas anteriormente pelo prefeito Zé Antônio (PDT) com o objetivo de redução de gastos para os cofres públicos.

Mudanças também foram necessárias na área de Educação, principalmente. Conforme já divulgado pelo Tribuna do Pampa, devido ao número de alunos e necessidade de diminuição de gastos, a escola do Passo do Machado, do interior do município teve suas atividades supsensas e os alunos encaminhados para outras escolas.

As medidas, porém, continuam. Assim como já ocorria em outras escolas nos anos anteriores, a escola Ana Tereza da Rosa passou a contar com classes multisseriadas, aquelas em que o professor trabalha na mesma sala de aula com várias séries simultaneamente. No caso de Pinheiro Machado, conforme o secretário de Educação Leonardo Nunes, a escola conta com cerca de 90 alunos entre a pré-escola e o 9º ano e a bisseriação ocorreu nos anos finais. “Foi necessário tomarmos essa medida, assim como outra virão, para que seja possível ofertar o básico para nossos alunos, ou seja, professores e funcionários, transporte e merenda escolar”, afirma Nunes.

Comunidade fez uma manifestação em frente à escola São João Batista

Comunidade fez uma manifestação em frente à escola São João Batista Foto: Divulgação TP

SÃO JOÃO BATISTA – Deverá ser divulgada nesta semana, a decisão acerca dos horários e dias de funcionamento da escola São João Batista, também do interior do município.

Uma reunião na manhã desta quarta-feira (21), com o Conselho Municipal de Educação (CME) e o prefeito Zé Antônio teve por finalidade debater as medidas com relação ao educandário. Segundo Nunes, há uma proposta por parte da Educação para que ocorram mudanças de dias letivos para os alunos.

Ele explica, que atualmente, no interior o horário já é diferenciado, sendo que, ao contrário de aulas diárias em um turno, os alunos vão à escola três vezes na semana em turno integral, o que auxilia o município para a organização de professores e transporte. Porém, ainda há a necessidade de alterações e foi proposto que ao invés de aulas segundas, quartas e sextas, sejam terças, quintas e sábados. Isso, porque geraria uma economia financeira para o município. “Nossa frota escolar é antiga e o município não tem condições financeiras de comprar novos veículos. Com os novos horários, seria possível utilizar o mesmo veículo para duas escolas distintas. Estamos também, com um número insuficiente de motoristas e com os novos horários, seria possível que o mesmo motorista fizesse as duas escolas, não precisando de futuros contratos, já que o município não está bem financeiramente”, explica.

O tema também foi levantado na Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado pelo vereador Gilson Gomes (PT), na sessão legislativa da última terça-feira (20). Na ocasião, Gomes criticou a secretaria de Educação por não ter, segundo ele, discutido a situação com a comunidade escolar e sim, imposto uma mudança que não foi aceita por cerca de 70 mães.

O vereador e presidente da Câmara, Jaime Lucas (MDB), também criticou, durante a sessão da última terça-feira (20), a medida do governo em tentar modificar o horário da escola São João Batista, mas amenizou o tom ao dizer que houve recuo e entendimento com a comunidade escolar.
A mãe de aluno, Veridiana Peraça, se manifestou em rede social sobre a polêmica proposta de modificar o horário. “Estamos de parabéns pela manifestação que fizemos na escola, Conseguimos o que fomos buscar. Não queremos aulas nos sábados”, escreveu ela.

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