VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

“DEAM está preparada para o acolhimento das vítimas”, diz delegada

Delegada Daniela de Borba é a titular da DEAM em Bagé Foto: Divulgação TP

Dentro do especial sobre violência contra a mulher, trabalhado no espírito do Agosto Lilás, o Tribuna do Pampa também conversou com a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), a delegada Daniela Barbosa de Borba, que explicou sobre o trabalho realizado pela equipe, em Bagé.

Conforme a delegada, o trabalho da Polícia Civil no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher vai desde o registro de ocorrência até a conclusão da investigação, com o encaminhamento do inquérito policial ao Poder Judiciário. “A autoridade policial encaminha os pedidos de medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha. Também são providenciados, quando necessários, o acolhimento da vítima em casa de abrigo e o seu acompanhamento por policiais civis para a retirada de pertences pessoais da residência. Durante a investigação, a autoridade policial pode representar ao Judiciário pela expedição de mandado de busca e apreensão, quando, por exemplo, há notícia da posse de arma de fogo, e pela prisão preventiva do agressor, geralmente em casos graves ou de descumprimento de medida protetiva de urgência”, explica a delegada, acrescentando que também há um trabalho preventivo e educativo direcionado aos autores desses crimes, demonstrando a eles que, em decorrência da maior rigidez legislativa, há consequências graves, tais como a prisão.

Equipe de policiais da DEAM Foto: Divulgação TP

ACOLHIMENTO – Segundo Daniela, a Polícia Civil realiza trabalho de repressão qualificada dos crimes dessa natureza, atentando, ainda, para o acolhimento das vítimas. Ela falou da preparação das policiais da Delegacia Especializada. “Os crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, na grande parte, estão relacionados ao uso excessivo de álcool ou drogas. A equipe da DEAM está preparada para auxiliar as mulheres vítimas a perderem o medo e a vergonha de denunciarem os agressores, rompendo, desse modo, com o ciclo da violência. O acolhimento das vítimas ocorre desde que elas chegam na Delegacia. Além disso, em se tratando de fatos apurados em Bagé, quando necessário, as mulheres podem ser encaminhadas para a Casa Abrigo, com a finalidade precípua de conferir segurança a elas e a seus filhos”, afirmou.

ÍNDICES – Em Bagé, na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, conforme a delegada, “notou-se uma diminuição dos registros nos primeiros meses da pandemia. Depois, houve novamente a elevação dos índices de violência doméstica”.

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