A Assessoria de Comunicação do deputado federal Dionilso Marcon (PT) entrou em contato com o TP, para informar que nesta terça-feira (30), o deputado e o coordenador do Instituto Padre Josimo, Frei Sérgio Görgen, estiveram reunidos com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para discutir sobre um problema que se arrasta há mais de uma década, que é a ponte sobre o rio Jaguarão, que fica no limite entre os municípios de Candiota, Hulha Negra e Aceguá.
Marcon disse ter sido promissora a conversa. “Saímos com grandes perspectivas, uma vez que o ministro demonstrou interesse na retomada da obra que já obteve recursos em 2013, mas passou por problemas de projeto e foi abandonada pela gestão anterior do governo federal”, disse.
ENTENDA O CASO – Desgastada, com madeira apodrecida, a ponte apresenta buracos e falhas. Tecnicamente e oficialmente, a estrutura está interditada desde novembro de 2020, quando o então prefeito de Aceguá, Gehard Martens (PSDB), após um laudo técnico, expediu uma ordem de interdição, que até hoje perdura, porém, muitas pessoas ainda se arriscam em passar, pois ela encurta distâncias. A obra para construção de uma nova ponte, por questões burocráticas, nunca saiu do papel.
Com recursos garantidos desde 2013, numa parceria entre a União e o Estado, a construção de uma nova ponte sobre o rio Jaguarão mais parece uma novela, pois se arrasta entre muitas idas e vindas. O projeto é para uma ponte de concreto.
A ligação fica no limite de três municípios, como já referido, mas também tem importância para os municípios de Pedras Altas e Herval. Neste momento, os moradores da região precisam se utilizar de caminhos alternativos e mais longos, especialmente para chegarem até o Hospital da Colônia Nova – estrutura de saúde muito utilizada pelos moradores da zona rural desses municípios.
Licitada desde 2016, a empreiteira ganhadora, Lavoro Engenharia, pela segunda vez pediu reequilíbrio financeiro, pois os valores iniciais já não cobrem sequer os custos do empreendimento. A última pedida elevou o valor de cerca de R$ 1,9 milhão para pouco mais de R$ 3 milhões, porém há um novo pedido. Esta situação ainda aguarda tramitação burocrática e envolve o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Regional (SEAPDR, na época), o Ministério da Agricultura e a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE). Já há o aval da Caixa Econômica Federal – responsável pela liberação dos recursos, para o encerramento do processo. Recentemente se conseguiu a liberação para que fosse utilizada na obra os recursos dos rendimentos do dinheiro depositado em conta específica desde 2013.
No final de 2020 chegou até ser colocada uma placa no local, tendo sido assinada a ordem de serviço (OS) de início de obra pelo governo do Estado, porém nada mais que isso avançou.