Devagar

A reforma da previdência era o que de mais importante havia para resolver os problemas do país. Está pronta para ser promulgada há mais de uma semana e ninguém sabe quando ocorrerá o ato. Daqui uns dias.
Enquanto isto, a bandalheira verbal que assola o país continua. Qualquer coisa que se diga atualmente parece não ter a menor importância, mesmo que seja o presidente na China, “um país capitalista”, segundo ele. O presidente bem que poderia olhar de perto e ver se aprende como o “comunismo” levou a China a ser a maior potência do mundo. Se bem que poucos sabem o que é comunismo, capitalismo, liberalismo, socialismo, e outras coisas que são faladas, mas não são entendidas.
Na Argentina, o governo de direita foi derrotado, como era esperado. Ações como tornar o povo mais pobre e ampliar as desigualdades sociais não levam governantes ao sucesso. O povo tem mania de se voltar contra os que desprezam os do povo. Pode demorar um pouco, mas o dia sempre chega. No Chile, a bronca tomou grandes proporções. No Brasil, nunca se sabe. Por aqui, a lógica nem sempre funciona, graças ao pouco conhecimento da sociedade, ao baixo nível de escolaridade, a péssima qualidade da educação, e por aí vai. Por aqui, ainda que tenham extrapolado todos os limites, dizer asneiras dá Ibope.
Porém, a imbecilidade um dia cansa. Montar uma quadrilha, qualquer grupo pode, um dia pegam. Pequenos delitos nem são considerados delitos, em especial se forem praticados por quem está no poder.
Com juros baixos, para os padrões brasileiros, pode ser que alguma coisa boa aconteça na economia. Como a reforma tributária não sai da forma, pode ser que o mercado continue falando que é possível acreditar que as coisas vão melhorar, por alguns dias. Como a reforma da previdência, por si só, não resolverá grandes coisas, vamos ver se a proximidade do Natal faça surgir algum pacote de bondades, além das benesses nas vantagens salariais anexadas à reforma da previdência dos militares.
A mídia sensacionalista continua protagonizando novidades. Lula teria encomendado a morte de Celso Daniel, Bolsonaro e seus filhos estão ligados ao assassinato de Marielle. Se a notícia vende, que seja. O Supremo Tribunal Federal parece uma música, um jazz, que parece que vai, mas não vai. Enfim, deixa o Lula preso. Com tanto larápio solto, corruptos de primeiro escalão na Esplanada dos Ministérios a perder de vista, já está mais do que na hora de soltar o ex-presidente Lula, que como ele mesmo disse, “não há quem seja mais honesto que ele”. No meio político de Brasília, certamente, não há.

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