Editorial – Brasil tem tradição em vacinação

Os negacionistas, que já haviam se mostrado com bastante força em 1918-1919, durante a pandemia da gripe espanhola, sempre existiram em todas as áreas, não apenas na da saúde. O filme de ficção da Netflix, ‘Não olhe para cima’ mostra exatamente isso.

Contudo, em tempos como esses que estamos vivendo desde 2020, com a pandemia da Covid-19, este tipo de pensamento humano nefasto sempre aparece com mais força. No Brasil, infelizmente, este entendimento nos levou a um desastre do ponto de vista sanitário, apesar dos esforços do Sistema Único de Saúde (SUS), da sociedade, de prefeitos e governadores e até mesmo da Justiça.

A ideia da imunidade de rebanho foi colocada em prática com as atitudes, pois o incentivo para as pessoas não tomarem cuidados, os tratamentos sem eficácia e o atraso na compra das vacinas foram as medidas encaminhadas dentro do ideário, que pode até não ter tido a intenção, mas ceifou milhares de vidas que notadamente poderiam em boa parte terem sido poupadas.

“No Brasil, infelizmente, este entendimento nos levou a um desastre do ponto de vista sanitário (…)”

Mais uma vez agora, além da pandemia, temos que enfrentar o negacionismo governamental e dos seus seguidores. As vacinas para as crianças foram desacreditadas e atrasadas, bastando ver que o Ministério da Saúde demorou quase um mês para encaminhar a homologação e autorização dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mesmo com isso, o Brasil, que possui uma tradição reconhecida no mundo como sendo uma adepto desde sempre à vacinação, mais uma vez há de superar tudo isso e imunizar o máximo possível de suas crianças entre 5 e 11 anos, assim como já fez com a demais faixas etárias. I fato notadamente vem diminuindo o número de mortes e de gravidade dessa doença terrível e que por aqui lutamos há quase dois anos para nos livrar. Além da Covid-19, quem sabe em 2022 não nos livramos também de outras situações que tem nos dado tanto desgosto.

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