Educação

*Por Marco Antônio Ballejo Canto

Todos que leem esta coluna sabem que um dos meus temas preferidos é a educação. Muitos até dirão que é o tema preferido e talvez tenham razão. Tenho escrito que é absolutamente necessário que todos compreendam a necessidade de se melhorar a qualidade do ensino. Tenho ressaltado com números que o que não falta é dinheiro dos municípios aplicados em educação. Muito dinheiro desperdiçado por administrações caóticas normalmente dirigidas por professores alçados à condição de administradores sem entenderem absolutamente nada de administração.

Esta semana uma matéria publicada no globo.com afirma que “Depois do baque dos anos de pandemia no ensino, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) divulgou as notas dos alunos brasileiros com dados assustadores. Embora os resultados de 2024 tenham sido abaixo do esperado de forma geral, o que mais preocupa é o ensino médio. Alunos da 3ª terceira série do ensino médio têm dificuldade de calcular o percentual de reajuste de um valor, dificuldade de entender o principal sentido de uma notícia e de reconhecer se há humor ou ironia em uma crônica. São jovens que não sabem questões e conceitos de proporção na matemática, que vão, depois, tomar um empréstimo, fazer uma compra parcelada, e não sabem fazer conta de juros, não sabem essa questão de proporção.”

Ceará e Pernambuco … vêm priorizando uma gestão voltada para aprendizagem, vêm priorizando o ensino médio em tempo integral em que o estudante não passa quatro, agora cinco horas na escola, mas passa sete, oito, nove, horas na escola com currículo muito mais atrativo, muito mais engajador do que aquele currículo que, há pouco tempo atrás se via e que ainda se vê, que é muito é tradicional, que são aulas muito expositivas.

A matéria continua, “Na língua portuguesa, não conseguem interpretar muito bem um texto. Olham na internet ou abrem um jornal não sabem diferenciar o que é um texto de opinião, o que é a notícia de um fato ou mesmo que é uma notícia falsa que foi encaminhada para eles.

A média do Brasil na rede pública de ensino foi de 4,1. Em comparação, dois estados com situações socioeconômicas mais adversas que outros lugares do país, como São Paulo, por exemplo, que teve média de 4,2, apresentaram números melhores: no Ceará, a média foi de 4,4; já em Pernambuco, de 4,5.

É preciso considerar que esses estados são estados muito mais pobres que a média nacional. Mas vem priorizando uma gestão voltada para aprendizagem, vem priorizando o ensino médio em tempo integral em que o estudante não passa quatro, agora cinco horas na escola, mas passa sete, oito, nove, horas na escola com currículo muito mais atrativo, muito mais engajador do que aquele currículo que, há pouco tempo atrás se via e que ainda se vê, que é muito é tradicional, que são aulas muito expositivas.”

Esta matéria vem ao encontro de um dos temas que eu sugeri aqui como ponto importante a ser debatido por candidatos nas eleições municipais, a escola de tempo integral.

Quando prefeito de Hulha Negra não implantei escola de tempo integral, mas investi muito em infraestrutura para que um dia a escola pudesse ser de tempo integral. Vai fazer dezesseis anos que não exerço o cargo de prefeito, a receita do município é muito maior do que era, subiu muito mais que a inflação, o número de alunos na rede municipal de ensino é o mesmo. Porém, milhões a mais por ano não resultaram em melhorias.

Um ano bom para pensar. O teu futuro prefeito gosta de estudar?

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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