
A empresa candiotense
Globaltransul aceitou o desafio de alojar a maior parte dos operários Foto: J. André TP
Tendo se notabilizado e consolidado como uma das maiores empresas de alimentação coletiva da região, a candiotense Globaltransul (proprietária dos restaurantes Global) agora entra também no ramo de hospedagens coletivas.
Com um enorme desafio, principalmente pelo tempo curto, a empresa comandada pelo empresário Sérgio Miguel Câmara, aceitou a proposta da empresa paulista Manserv Montagem e Manutenção em construir alojamentos para abrigar durante quase cinco meses, cerca de 800 operários, que irão atuar na chamada parada preventiva da Fase C da Usina de Candiota. “Aceitamos o desafio e já neste mês de novembro teremos condições de hospedar 300 homens”, assinala Sérgio.

O empresário candiotense Sérgio Câmara ao lado do representante comercial da empresa Caramuru, Antônio Marcos Scabeni – especializada em construção de alojamentos Foto: J. André TP
Com investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões, a construção dos alojamentos atenderão a demanda imediata e curta da parada da Fase C, mas tem os olhos voltados para novos empreendimentos, como a UTE Ouro Negro (Pedras Altas) e a indústria de pellets da Pellco (Pinheiro Machado). “Com a obra pronta, teremos capacidade em alojar mil pessoas”, destaca o empresário.

Serão construídos oito pavilhões, sendo seis de 900m² cada Foto: J. André TP
Os oito pavilhões, sendo seis de 900m² cada e outros dois menores estão sendo erguidos pela empresa da cidade paranaense de Chopinzinho, a Caramuru, que é especializada neste tipo de empreendimento – inclusive já tendo atuado em Candiota na construção da Fase C e nos alojamentos da UTE Pampa Sul.
Conforme Sérgio, os alojamentos ficam localizados em área estratégica da Global e no caso da parada da Fase C, sequer os trabalhadores irão precisar de transporte para chegar ao trabalho, pois os alojamentos ficam a cerca de 300m do local. Além dos cerca de 800 homens que vem de fora e fazem parte da equipe permanente da Manserv (empresa com 35 mil empregados em todo o Brasil), outros 200 moradores de Candiota – que foram inscritos pela agência local do Sistema Nacional de Empregos (Sine), irão atuar na manutenção da usina.
No próximo dia 10, conforme relata Sérgio, devem chegar os primeiros 300 homens nos alojamentos, que irão iniciar a preparação dos materiais. Os outros 500 operários devem chegar no início de janeiro do ano que vem.

Dois poços artesianos com produção de 100 mil litros de água por dia estão sendo abertos Foto: J. André TP
ÁGUA E ENERGIA – Quando se projeta um empreendimento desta envergadura, duas preocupações, dentre tantas, se sobressaem: água e energia elétrica. Para se tranquilizar neste sentido, o projeto prevê a construção de dois poços artesianos com capacidade de 100 mil litros de água por dia. “Somos moradores de Candiota há quase meio século e sabemos das dificuldades neste sentido. Por isso iremos suprir com capacidade própria a demanda de água”, assinalou Sérgio.
Em termos de energia, além de um novo projeto elétrico, o empreendimento também terá geradores para casos de emergência.
SAIBA MAIS – A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras CGTEE) já iniciou os preparativos para a manutenção anual da Unidade 5 – Fase C do Complexo Termelétrico de Candiota. A revisão preventiva está prevista para começar no início da segunda quinzena de dezembro e deve se estender por 90 dias.
Conforme informações enviadas pela assessoria de comunicação da CGTEE ao TP, a intervenção é realizada periodicamente em unidades geradoras de energia e deve contar com aproximadamente mil profissionais sob a responsabilidade da Manserv – empresa que já realiza a manutenção diária do Complexo. “A parada da usina consiste na realização de inúmeras atividades de manutenções preventivas e corretivas, bem como reformas em equipamentos que compõem a UTE Fase C. Essa ação tem por objetivo a atualização e a manutenção dos sistemas produtivos da unidade”, destaca uma nota enviada ao TP pela assessoria da CGTEE.