FUTURO INCERTO

Empresários temem o fechamento da indústria em Candiota

Em meio à incerteza e o possível fechamento da Fase C da Usina de Candiota, durante a manifestação realizada nesta segunda-feira (26), alguns comerciantes do município colocaram seus estabelecimentos no meio do protesto. Na oportunidade, a equipe do TP, que acompanhou a movimentação, conversou com alguns comerciantes e funcionários sobre os impactos que o fechamento irá causar no comércio local.
EMPÓRIO ECONÔMICO – Há quase 15 anos fazendo parte do comércio candiotense, a loja Empório Econômico que é de propriedade do casal Jacir e Salete Luvison, foi representada pelas funcionárias do comércio que participaram da manifestação.

 

A loja está há quase 15 anos em Candiota e apoiou a manifestação Foto: Silvana Antunes TP

Em conversa com a funcionária Ciria Farias, que trabalha a sete anos na Empório, ela ressaltou que com o fechamento da Usina a maioria dos candiotenses terá que procurar outra cidade para morar, e que as vendas com certeza irão diminuir nos comércios. “A vida vai ser difícil aqui, tudo é um ciclo. As pessoas trabalham para conseguirem comprar, a cidade gira em torno da usina”, ressaltou ela.
MICHEL AUTOPEÇAS – A empresa Michel Autopeças e Mecânica está situada na sede de Candiota, e atua na cidade há mais de três anos. Ao falar sobre o período de incertezas pelo qual o município está passando, o proprietário Michel Antunes afirmou que o problema não será apenas da cidade, como também da região em geral.

 

Michel Antunes disse ter orgulho de investir em Candiota Foto: Silvana Antunes TP

“Eu como empresário me preocupo muito com o fechamento, pois sabemos que isso impactara diretamente a todo comércio candiotense. Tenho orgulho de investir em Candiota, e sei da importância que a usina tem para que possamos dar continuidade nisso”, destacou Michel.
FORMULATIVA – A proprietária da farmácia Formulativa, Ivana da Silva, estava presente com a equipe de funcionários da empresa e disse estar preocupada com o emprego das pessoas. “O futuro dos funcionários diretos como dos terceirizados nos preocupa. Sei que o fechamento da fase C vai impactar demais no comércio. Nos perguntamos como ficarão 5 mil pessoas desempregadas? Sabemos de outros locais que ocorreram situações semelhantes e foi praticamente o fim da cidade. Não tínhamos como não fechar o comércio e estar presentes prestando apoio”.

 

Ivana levou sua equipe e diz estar preocupada com o emprego das pessoas Foto: Silvana Antunes TP

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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