
Mudas de árvores foram plantadas em diversos pontos Foto: Divulgação TP
Pela terceira vez de forma consecutiva a Escola Estadual de Ensino Fundamental Chico Mendes, localizada no assentamento Santa Elmira, em Hulha Negra, teve um projeto selecionado para apresentar na Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Neste ano, a exposição acontece em sua 47ª edição, de 24 de agosto a 1º de setembro.
De abrangência da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), também foi selecionado um projeto da Escola Estadual de Ensino Médio Gladi Machado Garcia, Caçapava do Sul. Além das escolas da 13ª CRE, outras 18 instituições do Estado foram selecionadas para participar do evento.
Ambas desenvolvem projetos sustentáveis, que estimulam e fortalecem a construção de um presente e futuro sustentável e economicamente viável para as comunidades escolares e a sociedade em geral.

Familiares dos alunos também participaram do projeto Foto: Divulgação TP
O PROJETO
A Escola Chico Mendes vai apresentar o projeto Sequestro de Carbono, que tem como proposta a preocupação com o meio ambiente e as intervenções humanas no clima. Conforme o diretor da escola, Mariano Gasso de Gasso, o Nando, são realizadas ações com os alunos e comunidade escolar, que envolvem plantios de árvores para realizar o sequestro de carbono, práticas aliadas na luta contra o aquecimento global. “Nossa instituição não poderia deixar de organizar uma estratégia para contribuir com a necessidade da preservação dos sistemas naturais. Além dos livros, o projeto mostra na prática o que está acontecendo e de que forma podemos reduzir efeitos na humanidade, bem como torna o aprendizado mais fácil e atrativo para nossos alunos”, ressalta o diretor.
Ele ressalta que o projeto é uma continuidade de ações realizadas na escola. “Nossa primeira preocupação foi com a água, onde a escassez era algo que nos afligia bastante, mas a partir da fonte protegida foi amenizada. Já tivemos a floresta, horta escolar, pomar, sempre envolvendo alunos e comunidade dentro do plano de metas. Contamos com apoiadores que nos permitem chegar onde estamos”.
O projeto ‘Reflorestar para reduzir as emissões de Carbono’ se tornou uma bandeira da escola, um compromisso com as gerações futuras, uma reunião de esforços para a conservação e restauração do equilíbrio do bioma, o bioma de todos os gaúchos, o ecossistema do Pampa.
A justificativa do projeto é de que “a escola por sua localização geográfica, campo, precisa ser portanto a protagonista neste cenário de conscientização, fortalecendo o processo de ensino aprendizagem com ações que venham de encontro com melhor qualidade do meio ambiente e consequentemente com a manutenção da vida no planeta, com ações relacionadas a gestão sustentável do solo que podem contribuir na redução destes impactos ambientais, principalmente o de sequestro de carbono da atmosfera”.
Conforme explicado, o processo de sequestro de carbono pode ocorrer de diferentes maneiras e uma delas é através das raízes das plantas, pois elas retiram dióxido de carbono da atmosfera e por meio da fotossíntese, parte deste carbono é enviado para as raízes, sendo liberado no solo. Outro fator relevante é via fixação biológica do nitrogênio que várias espécies de plantas estabelecem em uma relação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio que transformam este nitrogênio em formas utilizáveis, aumentando a biomassa das plantas e como resultado o teor de carbono no solo, assim melhorando a qualidade do solo, pois aumenta a fertilidade, a porosidade e a capacidade de retenção de água no solo.
São responsáveis pelo projeto os professores Cenira Hahn e Itamar de Oliveira Barros. Também estão envolvidos no projeto os professores Cleonice de Fátima da Cruz, Elisandra Leseux, Gislaine Souza de Oliveira, Mariano Gasso de Gasso, Odilane dos Santos de Bortolli, Nádia Teresinha de Picoli, Tatiana Garcia e Vagner Vicentin Persio, além de alunos do 1º ao 7º ano e comunidade escolar.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*