LITERATURA

Escritora bageense tem poemas publicados na Antologia Casa do Poeta

Fátima Fabiana Rosa Foto: Arquivo Pessoal

“Era meu sonho ver algo que eu escrevesse publica­do. É um divisor de águas. Motivo de muita alegria”. Desta forma a pedagoga, acadêmica do 8º semestre de História e tam­bém profissional do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Hulha Negra e da escola estadual Luiz Mércio Teixeira, de Bagé, Fátima Fabiana Costa Rosa, fez referência à primeira publica­ção de poemas escritos por ela.

Eles foram publicados no livro “In Versus Veritas” – XIV Antologia da Casa do Poeta de São Pedro do Sul, ano 2020, organizado pelos escritores Moi­sés Silveira de Menezes e Nú­bia Regina Machado Pineiro. Em conversa com o Tribuna do Pampa, Fátima Fabiana expli­cou ter recebido o convite para participar da obra após ter feito publicações nas redes sociais. Se­gundo ela, três poemas foram en­viados à Antologia e compilados para publicação. “Primeiramente fiz os poemas pensando em uma exposição do fotógrafo, escritor e historiador bageense Cássio Gomes Lopes, patrocinada pelo Movimento dos Escritores Ba­geenses (MEB). Foram três poe­mas: ‘Campos do Sul’, ‘Estância’ e ‘Gado’ que, juntos, formaram a publicação da Antologia. O grupo também viu um outro poema, de­nominado ‘Refúgio’, que fiz para o Clube Comercial sobre janelas e gostaram muito”, explicou Fáti­ma.

Ela, que diz que a escrita para si é natural e que a inspira­ção ocorre por meio de uma foto­grafia e tudo que a cerca, diz ter ficado extremamente feliz com a publicação. “Estou emocionada, pois são as únicas publicações de Bagé, minha cidade natal, e desta forma a região também está re­presentada. É um momento ímpar que vai ficar para a posteridade”, ressalta a escritora, relatando também já ter enviado cinco poe­mas para o próximo ano e de já ter recebido a confirmação da futura publicação de mais dois.

Estância
Campos Verdes do Sul!
Pradarias abençoadas que sofrem nas geadas
E no calor ressurgem com todo vigor
Estância! Foste construída
para dar paz e guarda
Tua mansidão é refúgio do patrão e do peão
Na campanha mesmo solitário
o gaúcho não sente solidão
Traz em si a força e a resistência
De quem é filho desta querência
Trazes em ti tuas histórias, marcas e sinais
És um inanimado ser vivente
Em tuas amplas janelas o sol adentra
Iluminando os sonhos daqueles que vivem em ti
Tecendo rotas, novos e velhos caminhos
Estância! Também és renovação!
assim o tempo passa
e o mundo muda
Tu continuas a abrigar
Os que em ti querem habitar!
Ao te olhar posso sentir a paz no teu existir.
Posso imaginar a agitação
no tempo da Revolução.
Hoje, tranquilidade e calmaria
Mesmo sentindo o assobio da ventania.

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