AMOR INCONDICIONAL

“Existe um Jorge antes e depois dele”, diz pai candiotense sobre o filho especial

Pedro Henrique, 4 anos, nasceu com microcefalia e desde então supera desafios com apoio da família

O segundo domingo do mês de agosto é sempre muito esperado por muitas famílias, pois é quando se comemora o dia dos pais. Nesta data, a reportagem do Tribuna do Pampa, assim como em tantos outros momentos especiais, busca contar histórias de amor e superação. Neste ano, o leitor irá conhecer um pouco mais da vida e dos desafios que o pai e empresário candiotense, Jorge Brunor, enfrentou e ainda enfrenta com o filho único, Pedro Henrique Alnoch Brunor, 4 anos de idade, que é uma criança especial.

 

GESTAÇÃO E O DIAGNÓSTICO DO FILHO

Jorge disse que não trocaria a vida de pai por nada Foto: Divulgação TP

Jorge começou contando que ser pai sempre foi o seu sonho, o qual conseguiu realizar aos 29 anos de idade, quando ele e a esposa, Sônia Mara Alnoch, decidiram que finalmente iriam aumentar a família. Com a chegada da gravidez, tudo foi uma maravilha e parecia bem, até que os papais foram realizar o ultrassom morfológico – exame de imagem que é responsável por avaliar a gestação detalhadamente, às 23 semanas. “Nós descobrimos que o nosso filho tinha hidrocefalia, e no primeiro momento o médico disse que a gestação não passaria das 30 semanas e depois que dificilmente sobreviveria ao nascer”, relembrou o pai, dizendo que sem dúvidas foi a pior notícia que poderia receber.

Naquele dia, o casal voltou para a casa sem chão, sem saber o que fazer após receberem o diagnóstico. “Quando a gente descobre que vai ser pai, já começa a imaginar o teu filho perfeito correndo e brincando pela casa, e uma notícia dessas praticamente arranca o teu sonho de uma hora pra outra”, destacou ele, dizendo que a partir daquele momento começaram a realizar diversos exames para saber o motivo, mas até hoje não descobriam o diagnóstico completo do filho, que mais tarde foi denominado como microcefalia – trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada, conforme consta no site da Biblioteca Virtual em Saúde.

Jorge disse que no primeiro momento foi difícil aceitar que seriam pais de uma criança especial, mas que tudo foi se ajeitando. Atualmente, Pedro faz tratamento de fisioterapia diariamente em Bagé, e o casal sempre busca o melhor para o filho. “Entregamos nas mãos de Deus e ele que sabe o que faz! Pois independente de qualquer coisa, ele é a coisa mais importante das nossas vidas”, ressaltou.

Sobre o momento mais difícil que já passaram com o filho, ele disse que foi após o nascimento, quando entenderam que Pedro irá precisar contar com a ajuda dos pais para sempre, além de compreenderem a mudança total na rotina. “Eu sempre tive fé em Deus e sempre conseguimos superar e enfrentar tudo. Tenho uma frase comigo que sempre gosto de falar e lembrar sempre, que o mesmo tempo que você tem para chorar e se lamentar, é o mesmo tempo que temos para buscar algo para melhorar”, pontuou.

 

SER PAI

 

Ao ser questionado como descreve ser pai, Jorge disse que sempre fala que o filho veio ao mundo para mudar suas vidas, os ensinando dia após dia. “Pois existe um Jorge antes e depois dele, e com certeza hoje tento ser o melhor a cada dia, para cuidar dele do jeitinho que merece”, acrescentou, dizendo que ainda passam por dias difíceis, mas que quando olha o filho sorrindo, como acorda todos os dias, tudo passa.

Na oportunidade, Jorge deixou uma mensagem para quem já é ou está prestes a ser pai. “Cuidem bem dos seus filhos e não fique brigando quando ele corre por dentro de casa ou faz uma bagunçinha, pois assim como eu, existe muitos papais que trocariam tudo na vida para poder ver seus filhos caminhando e correndo! Aproveitem ao máximo seus filhos, dando carinho e amor”, destacou, dizendo que não trocaria a vida de pai por outra. “O Pedro representa um amor incondicional e inimaginável de explicar, ele que me dá força todos os dias para levantar e seguir em frente como ele faz sempre com sorriso no rosto”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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