MUDANÇA DE IDEIA

Fabrício Moraes recua e anuncia sua permanência na Secretaria de Saúde de Candiota

Ele já havia se exonerado do cargo no início deste ano e depois retornado

Fabrício anunciou que ficaria na pasta na última terça-feira (5) Foto: Sabrina Monteiro TP

As últimas semanas de 2023 estão sendo conturbadas para alguns membros do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de Candiota. Na última semana, a equipe do Tribuna do Pampa recebeu o até então secretário de Saúde de Candiota, Fabrício Moraes (Bibi) que fez uma prestação de contas sobre sua gestão à frente da pasta e anunciou o retorno para o Legislativo candiotense (ele é vereador eleito), onde até então, ele disputava a presidência com o colega de partido Gildo Feijó, no próximo dia 11.

Bibi recuou da ideia e anunciou pelas redes sociais na última terça-feira (5), sua permanência na Secretaria até abril do ano que vem – prazo que é dado aos secretários que desejam concorrer na eleição municipal em 2024.

 

EXPLICANDO O RECUO

 

Na quarta-feira (6), o TP entrou em contato com Fabrício para esclarecer os reais motivos que o levaram à mudança de planos mais uma vez. Ao ser questionado se a decisão está ligada com a presidência da Câmara – já que nos bastidores é dado como certo que Gildo conquistou além dos cinco votos, ou seja, mais do que o necessário para vencer (são nove ao total) – Bibi respondeu que a decisão foi tomada após uma conversa com apoiadores. Entretanto, ele garantiu que Gildo costurou por fora do partido e que não sabe se ele realmente possui os votos como estão dizendo.

Além disso, Fabrício afirmou que desde o início da conversa para retornar e ser o presidente da Câmara, sempre teve o quórum necessário para se eleger. “Sempre tive os cinco votos e não somente de boca, eu tenho um documento assinado com esses nomes. O que aconteceu é que teve vereador que não quis mais seguir com a nossa chapa, e por esse motivo também acabamos reavaliando essa decisão”, informou, ressaltando que não teve diálogo com o MDB e nem mesmo com Gildo. “Ele usou do poder dele de articulação e não construiu isso nunca dentro do partido”, garantiu.

Em relação ao recuo, ele disse que foi a partir de uma conversa com a família, equipe da Secretaria e até mesmo com a comunidade, que segundo ele, mais uma vez se mostrou contra o seu retorno para a cadeira de vereador. “Sempre que eu falo em retornar para a Câmara o pessoal se manifesta contra, e isso me deixa muito lisonjeado. Percebemos que ainda temos coisas para concluir, e que retornar para a minha cadeira não era a melhor decisão no momento”, falou, ressaltando que é sempre muito difícil se desligar da Secretaria.

 

A HISTÓRIA SE REPETE

 

Ainda em março deste ano, Fabrício pediu a exoneração da Secretaria e retornou para o Legislativo, sem explicar os reais motivos da decisão, quando ficou afastado da pasta por cerca de duas semanas, retornando no dia 1º de abril. Mas o que se falava muito, mas sem confirmação ou declaração oficial, é que o motivo estaria ligado ao ex-vereador Juliano Corrêa, que é cargo de confiança (CC) da Prefeitura.

Lembrado do episódio, Fabrício frisou que mais uma vez a situação atual é em razão de não se acertar com o governo municipal, que é liderado pelo prefeito Luiz Carlos Folador (MDB). “É a falta de alinhamento com o governo, que migra só para um lado e o resto que se vire”, mencionou.

 

SAÍDA DE ODILO

 

Outro fato que também foi mencionado pelo secretário, foi a desfiliação do primeiro prefeito de Candiota, Odilo Dal Molin, que saiu do MDB na última semana.

Sobre o assunto, Fabrício lamentou muito e reforçou que Odilo foi fundamental para a sua entrada na política e que continuará sendo. “Eu sou mais Odilo do que MDB, e acredito que ele tenha os motivos dele para tomar essa atitude depois de uma vida inteira dedicada ao partido, pois o MDB chegou aonde chegou por conta dele”, destacou, dizendo que é MDB porque antes é Odilo. “Ele é um fomentador de política e realmente dá liberdade para criar novas lideranças. Posso dizer que o partido perde muito e que está de luto após a saída dele”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

 

Comentários do Facebook