BAGUNÇA NOTURNA

Forças de segurança, Prefeitura e comunidade mostram preocupação com perturbação de sossego em Candiota

Há uma escalada neste sentido, sendo que a Polícia Civil já investiga três casos que envolvem, além da perturbação, agressões físicas e disparo de arma de fogo

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Um problema típico urbano está subindo literalmente de tom em Candiota, especialmente na região central da cidade, mais especificamente na avenida 24 de Março, imediações dos prédios da Prefeitura, no entorno da praça Dario Lassance e no pátio de um posto de combustíveis.

O episódio mais emblemático de que se caminha para um desfecho trágico caso nada for feito -, foi a agressão que um morador sofreu em plena avenida principal, tendo a perna quebrada, entre outras lesões, após ter se incomodado com o som alto e perturbador que vinha de um carro. O morador chegou ao extremo de sacar uma arma e atirar para o alto, tendo após sido agredido.

Conforme informações obtidas pelo TP, junto a Delegacia de Polícia Civil de Candiota, três inquéritos que têm origem na perturbação do sossego alheio, estão em andamento neste momento. Dois envolvem lesão corporal (um deles é o da perna quebrada) e outro somente de perturbação. Segundo a polícia, todas as diligências estão sendo feitas, para breve serem remetidos ao Poder Judiciário.

No último fim de semana, a comunidade se indignou e inundou as redes sociais com reclamações, que na grande maioria se referem ao som alto que vem de carros, fato que o TP repercutiu em sua página de internet. “Aqui em Candiota não existe respeito! Que pena isso! Um município tão desenvolvido, mas que no quesito respeito ao próximo, está deixando a desejar, e ninguém faz nada para mudar isso. Ninguém dorme mais, porque os carros passam a noite com o som ligado”, questionou uma moradora.

Outra diz que tem chamar a Brigada Militar pelo 190, que é quem faz a segurança ostensiva, e outra responde que não adianta, porque eles não vêm. “Não consigo me acostumar com tanta falta de respeito. Também não consegui dormir e o pior que tenho que ir trabalhar caindo de sono, e eles? Vão pra casa dormir depois de incomodar toda noite”, reclama uma moradora da área central.

Em outra postagem, é proposto acionar o Ministério Público. “Um abaixo-assinado ao Ministério Público seria um caminho, já que o Estado não cumpre sua obrigação para com a segurança pública. Assim o promotor dando a ordem, a polícia é obrigada a fazer cumprir”, propõe.

PREFEITURA – Em contato com o prefeito Adriano dos Santos, ele também demonstra preocupação, mas destaca que o município não possui poder de polícia para coibir este tipo de caso. Conforme ele, já nesta semana, a ideia é tentar reunir com jovens que sabidamente possuem carros com som potentes, no sentido de tentar organizar a situação e buscar uma mediação do conflito.

Conforme o prefeito, eles fazem uma espécie de evento quando se encontram, principalmente em praça pública, porém isso é proibido, além deles não possuírem a licença da Prefeitura para este tipo de coisa. “Existe um regramento social e eles estão desrespeitando isso. Vamos propor que formem uma associação e tentaremos proporcionar um espaço distante, para que eles possam colocar este tipo de som”, assinala.

BRIGADA – Também, o TP conversou com o comandante da Brigada Militar de Candiota, sargento Antônio Jeferson Ribeiro de Souza. Conforme ele, este tipo de ocorrência tem características específicas e são mais difíceis de combater, porém não impossível. Ele mostrou também preocupação com a evolução do problema. “Ainda esta semana vou buscar uma agenda com o prefeito, para que possamos juntos encontrar uma ação”, disse, propondo quem sabe uma operação específica para coibir os abusos.

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