CANDIOTENSE DE CORAÇÃO

Gilceu Guerra encontrou trabalho e construiu família em Candiota

Ele trabalhou na construção da fase A da Usina de Candiota

Nesta edição, a equipe do TP conversou com o seu Gilceu José Guerra, 70 anos, que se mudou para Candiota em busca de emprego, e acabou ganhando muito mais do que isso, formando sua família, sendo agraciado com a chegada das filhas e presenteado com o neto.

Guerra trabalhou na construção da fase A da Usina de Candiota Foto: Arquivo Familiar/Especial TP

Em um mês de junho como este, mais precisamente há 50 anos, seu Guerra como é conhecido, se mudou para Candiota em busca de uma oportunidade de emprego. Saindo de Santiago do Boqueirão, o candiotense de coração começou a trabalhar na construção da Fase A da usina do município como pedreiro, e posteriormente na construção das casas da Vila Residencial, quando a cidade ainda não era emancipada. Neste meio tempo, surgiu a oportunidade de participar do concurso da CEEE, no qual foi aprovado. “Enquanto eu aguardava a convocação da CEEE eu saí da construção da fase A, e trabalhei na empresa Miguel Arlindo Câmara na mesma função”.
Após ser chamado para assumir a vaga, seu Guerra retornou a Fase A prestando serviços por nove anos. Depois disso, a CEEE disponibilizou um novo concurso interno, e o funcionário foi aprovado e assumiu a vaga de eletricista industrial, onde foi promovido a auxiliar técnico 5. Mais tarde, em 1997, recebeu a aposentadoria por tempo de serviço.
FAMÍLIA – Por estar mais de 300 quilômetros longe de sua família e cidade de origem, seu Guerra afirmou que a distância foi o maior desafio que enfrentou no município. “Minha maior dificuldade foi visitar meus familiares, pois os meios de transporte eram difíceis”, disse ele.
Em 1978, o primeiro passo para a construção da família foi dado, quando realizou a matrícula na escola Jerônimo Mércio da Silveira, local onde conheceu a jovem Mara Sirlene Fagundes, atual esposa. “Ela era minha colega de classe, e ali em meios aos livros, foram trocados olhares e nos tornamos amigos, fazíamos teatro juntos com vários amigos”, relembrou. Mas o início foi apenas em 1980, e logo em seguida o noivado e o casamento. “Casamos em seis de março de 1982, na igreja da vila residencial.
Foi o primeiro casamento realizado na paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro Vila Residencial”. Após o enlace, o casal se mudou para Bagé e seu Guerra fazia o trajeto entre os municípios diariamente.
Um ano após o casamento, a família começou a ser preenchida com a chegada da primeira filha, Letícia Fagundes Guerra, nome escolhido em homenagem a sua avó paterna. Já em 1984, a família retornou à Candiota, lugar onde residem até os dias atuais. Alguns anos mais tarde, o casal foi agraciado com o nascimento da filha mais nova, Patrícia Fagundes Guerra que completou o lar da família.
Ao longo de sua trajetória na cidade do carvão, Guerra destacou que teve ganhos e perdas, mas sempre seguiu com o foco em seus objetivos, principalmente par dar o melhor às filhas. “Eu tinha um sonho de proporcionar estudos às meninas, e com o suor do meu trabalho, e o bom Deus assim se fez”. A aposentadoria chegou aos 44 anos, mas o trabalhador seguiu realizando serviços leves para manter o corpo e a mente em movimento, segundo ele.
VOVÔ – Em 2011, para completar ainda mais a família, Benício chegou preenchendo todos os espaços da casa dos avós, e fez com que o vovô ficasse ainda mais ativo com as pescarias, jogos de futebol e passeios de bicicleta. “Sou muito grato a Candiota, por tudo que ela me proporcionou, pelo emprego, amigos, amor, e família”, ressaltou Guerra.

Candiotense de coração com esposa, filhas e neto Foto: Arquivo Familiar/Especial TP

Ao finalizar, o Candiotense de coração lamentou a desativação das fases A e B, local onde trabalhou e colecionou inúmeras histórias para contar. “Os aprendizados e os desafios só ficaram na memória de quem passou por lá”, lamentou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

Comentários do Facebook