CORONAVÍRUS

Governador Eduardo Leite diz que medidas restritivas devem ser tomadas com cautela

Gestor também disse que os efeitos colaterais ocasionados pelas restrições são fortes para os municípios

Governador disse que restrições devem obedecer critérios Foto: Divulgação TP

Nesta segunda-feira (30), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mostrou seu posicionamento quanto às ações do presidente da República, Jair Bolsonaro – que defende o relaxamento total das medidas restritivas impostas para a disseminação do novo coronavírus.

Durante entrevista ao vivo para o Jornal do Almoço, Leite disse que as medidas devem ser tomadas com critério e criticou a posição de Bolsonaro. “Não defendo o relaxamento das medidas restritivas, em absoluto, o que não defendo é que elas sejam tomadas sem critério. O que o presidente da República defende me parece irresponsável, visto termos de fato a disseminação do vírus no Brasil, e isso significa que devemos ter medidas restritivas sim. Ele está equivocado quando diz para todos voltarem ao trabalho como se nada estivesse acontecendo”, se posiciona.

Por outro lado, o governador do Estado afirma que restringir absolutamente tudo, também sem critério, é um posicionamento equivocado. “Não estou em cima do muro ao tomar essa posição, estou sendo responsável dizendo que onde tivermos casos, onde estamos verificando essa transmissão maior, como o caso de Porto Alegre e região metropolitana, bem como de municípios do interior, com maior concentração de pessoas, há de se fazer restrições”, ressalta.

Eduardo Leite citou a cidade de Bagé como exemplo de município que deve ter restrições. “Bagé, na região da Campanha, vai ter que tomar medidas mais restritivas sim. Agora, onde não se observa nenhum caso e o tamanho do município significa uma menor disposição de pessoas, não há que se falar em fechar o comércio totalmente se não é ameaça se não há concentração de pessoas que justifique”, explica.

Por fim, Leite falou dos efeitos ocasionados pelas medidas restritivas. “Temos que acompanhar, monitorar e tomar providência quando observar o desenvolvimento ou perspectiva. Essa é a responsabilidade que temos diante das medidas restritivas porque o efeito colateral é muito forte. Elas tem que ser tomadas, quando se percebe que as perdas advindas da não restrição são maiores do que aquelas que se tem por conta da restrição que se impõe”, manifesta.

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