ESPECIAL SEMANA FARROUPILHA

Grupo de danças folclóricas tem inspiração em Anita

Anitas na distribuição da centelha da Chama Crioula, em Bagé Foto: Divulgação TP

O jornal Tribuna do Pampa entrevistou a instrutora de dança Verani Rodrigues, de Bagé. Ela criou o grupo Anita Garibaldi em 2008, com mulheres de todas as idades e de várias entidades do município.

Verani contou, que a ideia surgiu após um desfile temático do dia 20 de setembro. “A intenção era reunir mulheres de todas as entidades do município para o desfile, deu certo e eu pensei porquê não fazer algo diferente na região? ”, conta.

Com o projeto feito e aprovado pelo público, ao longo desses 13 anos de atuação a instrutora citou que aproximadamente 40 mulheres já passaram pelo grupo. “Algumas delas já haviam dançado, outras não. Mas cada dançarina é muito importante, tanto na história quanto na formação do grupo”, destacou.

REPRESENTAÇÃO – Ao ser questionada sobre o seu ponto de vista referente a representação de Anita Garibaldi para o Estado, Verani falou sobre a mulher guerreira que marcou a história gaúcha. “A Anita foi totalmente a frente do tempo dela, ela teve a coragem de ir para a guerra, seguir o amor e ser mãe”, disse.

Além disso, a instrutora citou a palavra ‘empoderamento’, destacando que não há nada mais justo e significativo do que Anita Garibaldi. “Ela foi empoderada na época dela, juntamente com as mulheres que ficaram nas fazendas na revolução farroupilha. Elas seguiram com os negócios, e por isso, a economia daquela época não morreu, porque as mulheres ficaram nas estâncias fazendo o trabalho dos homens que foram para a guerra pelear”, enfatizou Verani, ressaltando que a mulher ainda precisa se libertar em muitos campos e ser valorizada.

“Anita é um símbolo precursor do empoderamento feminino. Eu acho sim, que ela é um grande exemplo, e tenho grande admiração”, afirmou.

NOME DO GRUPO – Segundo Verani, o nome do grupo aconteceu por toda essa figura e representação que Anita tem. Ademais, citou as mulheres fortes que dividem o tablado, suas vidas e histórias com ela. “É um nome forte, para um grupo de mulheres fortes. São amigas e dançarinas tão valorosas, onde cada uma tem sua história, vida, trabalho, filhos, famílias, e estão ali representando o Estado e a dança, um pouco diferente”, pontuou, explicando que o grupo sai do estilo invernada com pares de dança, para um bailado que é quase um ballet gaúcho. “Esse é o nosso diferencial”, finalizou.

Anitas no desfile temático de Candiota em 2014 Foto: Divulgação TP

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