DIA DAS MÃES

Histórias de amor e luta entre mães e filhos – Candiota

O próximo domingo (14) será marcado por homenagens e demonstrações de afeto. Marcado no calendário como Dia das Mães, na data costumam ser exaltados o amor, carinho e cumplicidade entre filhos e mães. Um abraço aconchegante, um beijo acolhedor, o coração batendo fora do peito. A maternidade transforma a mulher, a deixando capaz de se multiplicar para atender o filho e proteger, seja tendo laços sanguíneos ou proximidade afetiva.
Ainda que a figura materna deva ser venerada diariamente pelo dom da vida e pela capacidade de doação infinita, o segundo domingo de maio também é lembrado pela reportagem do Tribuna do Pampa. Como forma de homenagear todas as mães pelo seu dia, o jornal traz quatro histórias de mães e filhos guerreiros, onde o amor é a definição completa em todas as formas.
Mãe fala da experiência e doação completa para cuidar da filha especial

 

Dehreen junto as filhas Marina e Luísa, e o filho Lucas Foto: Arquivo Familiar

A descoberta da gravidez aos 5 meses de gestação e que seria de uma criança especial, a Luísa, hoje com 4 anos, mudou a rotina e as prioridades da candiotense Dehreen Reis, 32 anos, que também é mãe da Marina, 15 anos e do Lucas, de 7.

Isso porque a pequena Luísa foi diagnosticada com hidrocefalia ainda durante a gravidez de Dehreen, que foi mãe aos 16 anos e cria os filhos sozinha com a ajuda dos seus pais. “Foi um choque para todos nós, pois até então não sabíamos sobre o assunto. Pesquisei bastante e me informei de todas as formas possíveis, mas infelizmente a internet só mostra a parte ruim, e por isso o medo e a angústia só aumentavam. Quando a Luísa nasceu passamos 28 dias com ela internada em Porto Alegre, pois ela precisava fazer uma cirurgia para a colocação de uma válvula, foi um processo bem difícil, pois como a cirurgia foi na cabeça tínhamos que ter o maior cuidado. Foi um momento difícil, muitas consultas. Tive que deixar meus outros dois pequenos com minha irmã, onde a minha filha mais velha sentiu muito por saber de toda a nossa preocupação em relação a Luísa. Hoje em dia eles já entendem mais, fomos aprendendo a lidar com a hidrocefalia”, relatou.

Dehreen contou ao TP que o apoio das pessoas foi fundamental. “Graças a Deus tivemos pessoas maravilhosas ao nosso lado que nos ajudaram muito em relação a Luísa. Uma vez no mês eu tinha que ir a Porto Alegre, muitas vezes saíamos as 4h para retornar somente às 22h. A imunidade da Luísa sempre foi muito baixa e no forte da pandemia de Covid-19 a preocupação e o medo eram maiores, pois tínhamos que enfrentar viagens e um dia inteiro dentro de um hospital. Hoje a Luísa é acompanhada por um neurologista a cada 6 meses em decorrência do seu ótimo desenvolvimento”, destacou.

DEDICAÇÃO TOTAL – Questionada sobre as mudanças com a maternidade, principalmente após a chegada da pequena Luísa, Dehreen disse que em primeiro lugar está o bem-estar da filha. “Minha vida mudou por completo, pois tenho sempre que pensar primeiro nela, como ela vai se sentir. Tem lugares que deixei de freqüentar, pois por ela ser sensível a barulhos, sente uma pressão na cabeça e não consegue ficar. Graças a Deus toda a nossa família tem um cuidado incrível com ela e até ela hoje em dia entende e sabe se cuidar”.

A candiotense conclui falando sobre a experiência de ser mãe. “Para mim ser mãe deles é incrível, eu aprendo cada dia mais e não imagino mais minha vida sem eles. É eu por eles e eles por mim e sem dúvidas eu passaria por tudo de novo. Gostaria de dizer para as mamães de crianças especiais que temos uma força que não sabíamos que teríamos, lidamos com um medo que jamais pensamos que existiria. Não é uma tarefa fácil, mas sem dúvidas se Deus nos escolheu é porque somos capazes. Feliz dia das mães”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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