À meia noite deste sábado (17) para domingo (18), os gaúchos e os brasileiros de outros 9 estados e do Distrito Federal devem atrasar o relógio em uma hora. O horário começou no dia 15 de outubro de 2017 e o ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal).
O horário de verão foi instituído com o objetivo de economizar energia no país entre às 18h e as 21h em função do maior aproveitamento do período de luz solar. A medida foi usada pela primeira vez em 1931 e depois em outros anos, sem regularidade. Em 2008, ganhou caráter permanente e passou a vigorar do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Segundo dados da Agência Brasil, um balanço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 2013 o Brasil, com essa providência, apontou uma economia de R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW). No ano seguinte, essa economia baixou para R$ 278 milhões (2.035 MW) e, em 2015 caiu ainda mais, para R$ 162 milhões. Em 2016, o valor sofreu nova queda, para R$147,5 milhões.
Essa menor influência observada pode ser explicada pelo fato de parcelas significativas das zonas sujeitas à medida terem intensificado o uso de equipamentos como o ar condicionado, como forma de aplacar o calor, elevando a demanda pela energia elétrica. Ainda que já dispensem as lâmpadas incandescentes, substituindo-as por modelos mais econômicos.
MAIS TARDE – No final do ano passado, o governo federal sinalizou para a possibilidade de abolir o horário de verão, por não haver consenso quanto à relação com a economia de energia elétrica. Ainda assim, o presidente Michel Temer editou um decreto reduzindo a duração do horário de verão. Assim, em 2018, o horário de verão irá começar no dia 4 de novembro, um fim de semana após o segundo turno das eleições, marcado para 28 de outubro. A mudança foi um pedido do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para evitar atrasos na apuração dos votos e na divulgação dos resultados do pleito.