Serviços da Maternidade do Hospital estão garantidos de segunda-feira a sexta-feira e direção negocia para que os municípios também sejam atendidos nos finais de semana Foto: Joseane Duarte/Especial TP
Depois de duas semanas sem os serviços de obstetrícia da Maternidade do Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição de Piratini, os municípios de Pinheiro Machado e Pedras Altas voltaram a receber os serviços. A instituição deixou de ser referência após o rompimento do contrato com o Estado, visto que a Secretaria Estadual de Saúde havia exigido mais profissionais para oferecer os serviços para quatro municípios da região Sul, além de Piratini.
Segundo o diretor do Hospital, Laerto Faria, os atendimentos para as gestantes dos dois municípios foram retomados na segunda-feira, 5, quando foi feito novamente um convênio com o Estado. Atualmente, uma equipe composta por três obstetras, dois anestesistas e um pediatra está atuando na instituição e garante atendimentos de segunda-feira a sexta-feira. “Estamos negociando para que tenhamos mais um pediatra e um anestesista e, sendo assim, os serviços serão oferecidos também nos finais de semana”, explica o diretor.
O novo contrato com o Estado viabilizará um aporte financeiro mensal de R$ 20 mil para a instituição, mas o valor ainda é insatisfatório, conforme a direção. “O serviço retornou porque também as exigências da equipe foram amenizadas”, acrescenta. Faria avalia positivamente a retomada dos serviços, pois o município tem uma parceria antiga com os demais municípios. “É um retorno bom. Não queríamos ter parado. Agora fica mais fácil para as cidades e até mesmo em deslocamentos”. Já os municípios de Cerrito e Pedro Osório que também eram atendidos por Piratini começarão receber os serviços por outra cidade da região mais próxima.
A suspensão dos serviços prejudicou e muito os municípios que eram atendidos por Piratini. Para o secretário de Saúde de Pinheiro Machado, Antônio Emílio Sória, o problema foi solucionado e espera que permaneça os atendimentos. “Fomos prejudicados, pois provisoriamente estávamos encaminhando as gestantes para as cidades que tinham leitos, como Colônia Nova e Pelotas”, relata. O TP não conseguiu contato com a secretaria de Saúde de Pedras Altas.
RELEMBRE O CASO – A suspensão dos atendimentos foi feita pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), de Pelotas, pois o município oferecia os serviços com o quadro de médicos disponíveis da cidade e o Estado exigia que a instituição tivesse três pediatras, três anestesistas e quatro obstétricos para se tornar referência regional. A equipe técnica da Coordenadoria informou que a instituição não poderia fazer daquela forma e a parceria com o Estado foi rompida.
MATERNIDADE – O Hospital recebeu melhorias e altos investimentos na área da obstetrícia. No início de 2015 foram inaugurados novos equipamentos para atender os pacientes da região. Em casos de super lotação, os municípios de Cristal, Arroio Grande, Pelotas, entre outros, também eram atendidos em Piratini.
