A exposição itinerante intitulada “O passado aflora nos cacos: Arqueologia, Pré-história e História do RS” está sendo realizada pelo Curso de Licenciatura em História, do Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Hulha Negra e pelo Laboratório de Antropologia e Arqueologia (LEPAARQ) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A Mostra permanecerá na Biblioteca Municipal Dra Nóris Paiva, até o dia 17 de abril. As visitações gratuitas são das 8h às 11h e das 14h às 17h.
A abordagem central da exposição concentra-se na arqueologia histórica que investiga sítios arqueológicos relativos ao período posterior à colonização europeia. Entre os vestígios encontrados nos sítios, estão objetos de ferro, louças (como porcelanas e faianças finas – espécie de cerâmica), garrafas, grés (cerâmica a partir de altas temperaturas) e vidro. O material ósseo em geral vem de restos da alimentação das pessoas que habitavam aquele local, ou, em alguns casos, podem ser matéria-prima para utensílios domésticos, como cabos de facas. Também podem ser encontradas estruturas edificadas, material de construção, ferramentas de trabalho, e até vestimentas.
Existe uma variedade de tipos de sítios históricos e cada um tem características específicas. Essas diferentes tipologias podem, por vezes, ser consideradas especialidades da arqueologia histórica, como por exemplo, sítios urbanos (residências, praças, edifícios públicos, etc.), sítios rurais, como as sedes de fazendas de diferentes períodos, fábricas, senzalas, etc. Da mesma forma a arqueologia pode ser classificada de acordo com as tipologias materiais que estuda, como a arqueologia da arquitetura, ou da saúde.
Os objetos presentes nessa exposição exemplificam de forma genérica os tipos de sítios arqueológicos mais comuns no estado, especialmente na região sul do Rio Grande do Sul e, por isso, também os mais pesquisados pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da UFPel.