Jogos Olímpicos

Não sei se o tempo anda fazendo eu notar as coisas de outras maneiras. Faltando poucos dias para o início dos jogos olímpicos, parece-me que estes não têm o apelo de outros tempos. Alguns fatos devem contribuir par isso. Por um lado, a televisão não é tão importante como já foi, com a internet, sites como Netflix, ocupando mais a vida de todos nós. Por outro, o esporte também deixou de ser importante como já foi, com os jogos no telefone celular ocupando o tempo de uma juventude que em outros tempos gostava de correr atrás de bola, fosse ela de qualquer esporte.
O tempo dos jogos poderá ser um tempo para muitos fazerem reflexões, principalmente os governantes e os mestres, professores e diretores. Ao mesmo tempo em que não corre atrás de bola, a juventude está ficando obesa o que vai repercutir em problemas de saúde. Outra situação que me parece muito importante é que ao deixar de praticar esportes coletivos os jovens deixam de conviver com a vitória, com a derrota, com a colaboração com os amigos, com a aceitação dos erros dos outros. O esporte é fundamental para a formação do caráter das pessoas, pois exige paciência em alguns momentos, determinação e persistência em outros, perdoar alguém por uma derrota inesperada e importante. O esporte permite a todos que aprendam que amanhã haverá uma nova oportunidade.
Observo, e sou insistentemente observador, que os times de futebol de várzea foram acabando e hoje falar de equipes como Hulha Negra, Rio Negro, Manda Brasa, Trigolância ou Floresta é coisa de pessoas que jogam em times de veteranos faz tempo.
Ver alguém atirando uma bola na cesta de basquete ou jogando vôlei é coisa rara e prática de muito poucos. Alguns, muito por razões estéticas, se dedicam a atividades físicas em academias.
Em comunidades como as que estão no âmbito deste jornal, a determinação dos governantes municipais e das secretarias de educação, de cultura, de esportes, é muito importante, uma vez que a motivação para a prática de esportes precisa de um ponto de aglutinação de pessoas para o desenvolvimento de eventos.
Lembro também que os pais ficavam felizes quando os filhos se tornavam referências como atletas diferenciados. E nem precisava que fossem no âmbito municipal, estadual ou nacional. Bastava que o filho fosse um destaque na escola. Coisas que faziam bem para a coesão, a aproximação, entre pais e filhos. Que filho não se sentia bem quando observava a alegria dos pais com o seu desempenho?
Observando nos próximos dias as diversas modalidades de esportes que todos podemos praticar, podemos nos dar conta que existe algum esporte onde alguém pode ser destaque. Alguém que é muito alto pode jogar basquete e alguém que é muito baixo pode ser um ginasta. O esporte oferece oportunidades para os mais diferentes perfis humanos. Resta saber se alguém vai querer aprender alguma coisa ou simplesmente todos ficaremos apenas a observar o que os mais capazes são capazes de fazer para promover o esporte.

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