CARVÃO MINERAL

Lideranças do Movimento Pró-Carvão debatem alternativas e mobilização

Na reunião foram debatidos os encaminhamentos necessários para que não se feche a usina de Candiota Foto: Raíssa Vargas/TP

Lideranças da região já começaram a mobilização após a declaração do CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, em que afirmou que o foco da empresa, que foi privatizada este ano, são as energias renováveis, com previsão da Usina de Candiota (Fase C), que pertence a subsidiária CGT Eletrosul, sair da Eletrobrás até o fim de 2024, quando encerra o contrato de fornecimento de energia.

Nesse sentido, aconteceu uma reunião do Movimento Pró-Carvão, no Sindicato dos Mineiros em Candiota, na última quarta-feira (16). No encontro, além das lideranças do município, participaram representantes de Hulha Negra e Pedras Altas e também trabalhadores das empresas CGT Eletrosul e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM).

Para o presidente do Sindicato dos Municipários (Simca), Marcelo Belmudes, as consequências no caso do fechamento da usina são diversas, mas ele citou principalmente a dificuldade de gerar empregos em toda a região. “Além é claro da grande dificuldade que a Prefeitura vai passar para cumprir seus compromissos”, destacou, arrematando que tem esperança de que se consiga realizar uma transição justa. “Também esperamos que os governos estadual e federal possam garantir incentivos para que mais empreendimentos possam vir para nossa região”, cobrou.

Segundo a presidente da Câmara de Hulha Negra, vereadora Tanira Ramos, Hulha está presente desde 2020 de forma efetiva nesse grupo de trabalho. “Pois temos muitas pessoas em nosso município que buscam seu sustento em Candiota, então queremos trazer cada vez mais lideranças para fortalecer o grupo”, falou.

O secretário de Administração e Assuntos Jurídicos de Pedras Altas, Adriano dos Santos que já foi prefeito de Candiota e que participa do debate em defesa ao carvão, relatou que o ideal é que as lideranças usem de toda sua influência de aproximação em nível federal para mudar o cenário de fechamento da Usina de Candiota. “Vamos trabalhar fortemente pela garantia de emprego e renda para a nossa região”, afirmou.

O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, reforçou em sua fala o que disse em entrevista ao jornal, reafirmando que a usina não fechará e sim será vendida, da mesma forma que aconteceu com a UTE Pampa Sul. Na ocasião assinalou também que o Movimento não deve titubear e ir à luta para fazer articulações políticas nesse sentido.

Por fim, segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros e um dos maiores líderes do Movimento, Hermelindo Ferreira, ficou definido que as lideranças vão buscar a sua base na Assembleia Legislativa e também seus deputados federais que representam a região, para buscar no início do próximo ano – já que haverá troca de governo –  seguir a linha do que foi feito em Santa Catarina, com a aprovação também para o Rio Grande do Sul, da lei de transição energética.

 

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