CINEMA

Longa gaúcho “Yonlu” abrirá o 9º Festival da Fronteira

Com entrada franca, evento acontece de 15 a 19 de novembro em Bagé

Longa de abertura é a ficção gaúcha "Yonlu", de Hique Montanari.

Longa de abertura é a ficção gaúcha “Yonlu”, de Hique Montanari. Foto: Rodrigo Marroni/Especial TP

Festival Internacional de Cinema da Fronteira chega a sua nona edição, mais uma vez voltado à democratização da cultura e ao livre acesso à produção audiovisual. Todas as exibições e atividades são gratuitas para o público. Integram o evento uma mostra competitiva nacional de longas e duas de curtas, internacional e local, sempre sessões comentadas. Além disso, o festival também traz à cidade oficinas, debates e shows musicais.

O evento acontece de 15 a 19 de novembro, no Centro Histórico Vila de Santa Thereza (Av. Visconde Ribeiro de Magalhães, s/n). A programação completa está disponível no link goo.gl/4BkeV2 e na página oficial do Facebookfb.com/festivaldafronteira. O festival tem patrocínio do Daeb e realização da Associação Pró Santa Thereza. A promoção fica a cargo da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Bagé, com apoio cultural da UrcampUnipampa Sesc.

A 9ª edição do Festival Internacional de Cinema da Fronteira traz dez longas-metragens em competição e três longas convidados, muitos deles inéditos no Estado. O longa de abertura é a ficção gaúcha “Yonlu”, de Hique Montanari, que recebeu o prêmio Abraccine de Melhor Filme Brasileiro de Diretor Estreante na Mostra de São Paulo. Seu protagonista Thalles Cabral (“Amor à Vida”) e o diretor estarão presentes na exibição. Outros destaques da competitiva são os documentários “A Terceira Margem”, de Fabian Remy, agraciado como o melhor longa nacional do festival É Tudo Verdade “Quem é Bárbara Virgínia?”, que conta a história da primeira diretora de cinema em língua portuguesa.  A curadoria de longas é assinada pelos cineastas Zeca Brito Frederico Ruas da Anti Filmes e pela jornalista luso-moçambicana Carla Henriques.

Os homenageados deste ano são o crítico de cinema paulista Cid Nader (1958-2017), que foi curador do festival durante cinco anos consecutivos, e a escritora, jornalista bageense Edy Lima, considerada uma das precursoras do feminismo na dramaturgia brasileira. Seu neto, Francisco Guarnieri, que participa do festival com o longa “Guarnieri”, vem à cidade receber a homenagem. A programação musical do festival é eclética e começa com a apresentação dos músicos tradicionalistas Tiago Cesarino Augusto Maradona, seguida de sarau poético com o ator paulista Fernando Alves Pinto, na abertura do festival. Pinto (“2 Coelhos”) estrela o longa em competição “Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás Tua Mãe” e ministra uma das oficinas do festival, junto com a atriz Zezita Matos (“Reza a Lenda”). O som instrumental da brasileira radicada em Buenos Aires Kika Simone será uma das atrações da cerimônia de premiação. O show de encerramento traz à Rainha da Fronteira o rock da dupla porto-alegrense Frank Jorge Alexandre Birck.

“Será uma edição muito bonita e intensa, com atividades de formação e reflexões importantes, filmes que tratam de política e problemas sociais, filmes profundos em estética e filosofia, será uma edição para fazer pensar”, promete o diretor artístico do festival Zeca Brito. “Queremos pensar o Brasil e a sociedade para a qual o cinema é feito. Não tememos a polêmica: nossa seleção traz temas delicados e atuais que vão do suicídio (‘Yonlu’) à eutanásia (‘Antes do Fim’), e reflexões críticas sobre o racismo (‘Açúcar’), totalitarismo (‘Aurora 1964’), intolerância religiosa (‘Homem Livre’) e ao futuro em poesia (‘Bio’)”, enumera Brito. O juri de longas é formado pela produtora paulista Suzana Villas Boas, o jornalista gaúcho Roger Lerina, a cineasta mineira Elizabeth Martins Campos e o cineasta carioca Eduardo Brandão. O corpo de jurados dos curtas é formado pe a produtora musical Rita Zartt, a atriz Carla Cassapo e o crítico Ney Minotto. Os vencedores receberão o troféu São Sebastião, escultura em bronze do artista plástico Sérgio Coirolo. O santo é padroeiro de Bagé e símbolo do festival.

Longas em Competição

Açúcar – Dir. Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira; Aurora 1964 – Dir. Diego Di Niglio; A Terceira Margem – Dir. Fabian Remy; Bio – Dir. Carlos Gerbase; Guarnieri – Dir. Francisco Guarnieri; Histórias que nosso cinema (não) contava – Dir. Fernanda Pessoa; Homem Livre – Dir. Alvaro Furloni; Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás Tua Mãe – Dir. Aaron Salles Torres; Quem é Bárbara Virgínia? – Dir. Luísa Sequeira; Yonlu – Dir. Hique Montanari.

Longas Convidados

Antes do Fim (Brasil) – Dir. Cristiano Burlan; Caminando Juntos (Espanha) – Dir. Rodolfo Montero; Serviçais (São Tomé e Príncipe) – Dir. Nilton Medeiros.

Mostra Competitiva Internacional de Curtas-Metragens

Apuntes sobre Identidad (Argentina) – Dir. Felipe Camargo; Ausência de Memória (Brasil) – Dir. Rita Piffer; Clarice (Brasil) – Dir. Vitor Medeiros; Desfragmentos (Brasil) – Dir. Helena Lukianski e G. Heberle; Manifesto Porongos (Brasil) – Dir. Thiago Köche; Netuno (Brasil) – Dir. Daniel Nolasco; O Vestido de Myriam (Brasil) – Dir. Lucas H. Rossi; Real Conquista (Brasil) – Dir. Fabiana Assis; Rosario (México) – Dir. Marlén Ríos Farjart; Sena, os Fios em Prosa (Brasil) – Dir. Marcelo Da Rosa Costa; Sobre sonhos e águas (Brasil) – Dir. Mirela Kruel; Superpina (Brasil) – Dir. Jean Santos; Valentina (Brasil) – Dir. Estevão Meneguzzo e André Felix; Yomared (Brasil) – Dir. Lufe Bollini e Mariana Yomared.

 

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