INCLUSÃO

Mães de Candiota e Pedras Altas falam sobre a convivência com o autismo

O último dia 2 de abril foi marcado pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em Candiota e Pedras Altas, conversamos com algumas mães que falaram sobre a experiência e a rotina com seus filhos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mesmo atualmente, ainda há falta de conhecimento sobre pessoas com TEA na sociedade. De acordo com informações do site Autismo e Realidade, o transtorno reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou no começo da infância. Sendo assim, algumas pessoas podem apresentar déficit na comunicação ou na interação social, e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, por exemplo.

A lei Romeu Mion foi sancionada em 2020, e criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Segundo informações do site Senado Notícias, a criação da CIPTEA deve assegurar aos portadores atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.

A preocupação em lidar com as limitações – Melissa de Morais Monteiro 

Melissa de Morais Monteiro tem pouco mais de cinco anos, e recebeu o diagnostico de autismo aos três anos. Sua mãe Angela Rodrigues, contou que a filha mais nova começou a apresentar alguns sintomas por volta dos 10 meses de idade. “Começamos a notar que algo não estava certo, pois ela não se apoiava sozinha. Então procuramos o CRA, e a Mel começou a receber o atendimento da fisioterapeuta Fabiana”, contou Angela, afirmando que Melissa só conseguiu dar os primeiros passos aos dois anos de idade.
A mãe relembrou que sofria de labirintite e realizava um tratamento antes de saber que estava grávida. “Sempre achava que os remédios poderiam ter afetado e contribuído para algum tipo de problema que ela pudesse ter, mas nos exames não constava nada”, disse. Tempo depois, Melissa fez um exame genético e ficou comprovado que ela também possui uma síndrome chamada Phelan-McDermid. “Como mãe não foi fácil receber o diagnóstico, pois a primeira coisa que nos preocupamos é com o bem estar dela, e como vamos lidar com as limitações e com o preconceito”, falou.

Ao citar o desafio, Angela elencou a inclusão. “Ela frequenta a escola infantil e precisa de uma atenção maior dos profissionais, mas ela adora, vai para a escola muito contente e isso me tranquiliza, pois quem convive com crianças autistas sabe a dificuldade que eles têm em sair da rotina”, finalizou. Além da Mel, Angela e Fernando são pais de Fernanda, 30 anos, e Sabrina com 22 anos.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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