INCLUSÃO

Mães de Candiota e Pedras Altas falam sobre a convivência com o autismo

O último dia 2 de abril foi marcado pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em Candiota e Pedras Altas, conversamos com algumas mães que falaram sobre a experiência e a rotina com seus filhos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mesmo atualmente, ainda há falta de conhecimento sobre pessoas com TEA na sociedade. De acordo com informações do site Autismo e Realidade, o transtorno reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou no começo da infância. Sendo assim, algumas pessoas podem apresentar déficit na comunicação ou na interação social, e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, por exemplo.

A lei Romeu Mion foi sancionada em 2020, e criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Segundo informações do site Senado Notícias, a criação da CIPTEA deve assegurar aos portadores atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Caminhada em Pedras – Renê, Allana e Tomas 

No município, aconteceu a 1ª Caminhada de Conscientização ao Autismo, que partiu da praça central em direção ao CTG Sentinela de Pedras Altas. A iniciativa foi das mães Rozangila Palma, Taiane Cavalheiro e Luana Nascimento. O evento contou com mais de 80 participantes, e ao fim com uma palestra ministrada pela psicóloga Naiara Martins, e pela psicopedagoga Tatiane Dammer, da Psicoclin de Candiota.

Conversamos com Rozangila, que é mãe do Renê de sete anos. Ela citou que o filho foi diagnosticado aos quatro anos de idade. “Receber um diagnóstico não é fácil, mas para uma mãe e família de um autista nada é impossível, por isso a constante busca por tratamento, terapias e igualdade sempre vai prevalecer no nosso consciente”, enfatizou.

Na oportunidade, Rozangila destacou a força das mães e reforçou o apoio da comunidade em relação a causa. “O autismo é parte deste mundo, não um mundo à parte”, finalizou.

Luana também falou sobre sua trajetória com a filha Allana de quatro anos, que recebeu o diagnóstico aos três. “O primeiro impacto foi o mais difícil, afinal, era algo novo para todos nós. Logo fomos em busca de conhecimento,terapias,tratamento e as peças começaram a se encaixar”, disse.

A mãe ressaltou que a luta pelos direitos de seus filhos é constante, e que não desistirão jamais. “O autismo não é uma deficiência,é uma habilidade diferente”, declarou.

Taiane é mãe do Tomas de quatro anos, que foi diagnosticado com autismo aos dois. “Nós moramos em Pedras Altas, que ainda está aprendendo sobre isso. Nós não temos muito amparo, retorno e ajuda em relação ao autismo e aos nossos filhos”, explicou ela.

Sobre a iniciativa, Taiane informou que decidiu se unir à Rozangila e Luana para trocar e dividir opiniões. “Estamos batalhando por mais informações e ajuda para os direitos dos nossos filhos. Queremos que a população esteja ciente do que é o autismo, como pode descobrir e o que fazer após o diagnóstico”, enfatizou.

Ao finalizar, a mãe afirmou que estão unidas em prol de seus filhos e das próximas crianças que necessitarem de ajuda.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

 

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