SEGURANÇA

Mobilização nesta sexta-feira exige mudanças nos trevos de Hulha, Candiota, Pinheiro e Piratini

Autoridades e comunidade pedem por mais segurança nos acessos aos municípios Foto: J. André TP

As comunidades de Hulha Negra, Candiota, Pinheiro Machado e Piratini, que já são unidas por meio do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), resolveram se mobilizar conjuntamente para uma questão que há muito tempo incomoda e que traz dor e sofrimento. O movimento foi batizado de SOS Trevos.

As prefeituras e câmaras dos quatro municípios, além do Cideja e entidades da sociedade civil estarão protestando junto aos trevos nesta sexta-feira (19), das 9h às 12h. O combinado, inclusive com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que fará a segurança dos trechos durante a mobilização, é que não aja bloqueio da via. Na oportunidade serão portadas faixas, cartazes e panfletos serão distribuídos aos motoristas.

No último dia 1º de agosto, um acidente no trevo de Pinheiro Machado (foto) tirou a vida da professora aposentada Eloá dos Santos Dutra, de 72 anos. Outro acidente, ocorrido em 30 de junho no trevo de Candiota, ocasionou a morte do candiotense João Batista Rodrigues, o ‘João da Van’, no dia 25 de julho Foto: Divulgação TP

TRAGÉDIAS – Os trevos de acesso a essas localidades, ao longo da BR-293, não oferecem segurança. Em seis dias, entre 25 de julho e 1º de agosto, duas pessoas queridas de Candiota e Pinheiro Machado perderam suas vidas em função de acidentes nesses locais, sem falar de outras várias mortes e pessoas que ficaram feridas ou sequeladas.

PEDIDOS – Além disso, os representantes políticos das comunidades há mais de 20 anos fazem solicitações e requerimentos pedindo alterações junto aos órgãos federais, mas que nunca foram atendidas. Os principais pedidos e que pauta a mobilização nesta sexta, é que se instale urgente lombadas eletrônicas ou pardais, bem como, em médio prazo sejam construídas rótulas semelhantes as que foram feitas em Dom Pedrito.

Na semana passada, duas reuniões, uma em Candiota e outra em Pinheiro Machado (foto), lideranças dos municípios debateram e organizaram a mobilização Foto: Divulgação TP

OBSOLETOS – A BR-293 foi construída na década de 1970. O trecho na região inicia em Pelotas (km 0) e vai até Livramento. O trajeto entre Bagé e Pelotas, via transporte rodoviário, antes da BR-293, era feito por uma estrada que passava pela Trigolândia (Hulha Negra), Seival (Candiota) e seguia mais ou menos a linha férrea e obviamente que era de terra.

Com a BR, asfaltada, as coisas melhoraram e muito, além de novas perspectivas, inclusive econômicas, se abriram regionalmente.

Mas como tudo nesta vida, é preciso evoluir. Como bem frisa o vereador pinheirense Éliton Rodrigues (MDB), os trevos construídos ao longo da BR foram os tecnicamente chamados de vazados, ou seja, sem rótulas ou contornos. Para a época, esse tipo de engenharia servia perfeitamente, porque havia menos fluxo e os veículos eram mais lentos. Contudo, mesmo assim, ao longo do tempo e ainda lá na década de 1970, há registros de acidentes fatais nesses cruzamentos.

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