As comunidades de Hulha Negra, Candiota, Pinheiro Machado e Piratini, que já são unidas por meio do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), resolveram se mobilizar conjuntamente para uma questão que há muito tempo incomoda e que traz dor e sofrimento. O movimento foi batizado de SOS Trevos.
As prefeituras e câmaras dos quatro municípios, além do Cideja e entidades da sociedade civil estarão protestando junto aos trevos nesta sexta-feira (19), das 9h às 12h. O combinado, inclusive com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que fará a segurança dos trechos durante a mobilização, é que não aja bloqueio da via. Na oportunidade serão portadas faixas, cartazes e panfletos serão distribuídos aos motoristas.
TRAGÉDIAS – Os trevos de acesso a essas localidades, ao longo da BR-293, não oferecem segurança. Em seis dias, entre 25 de julho e 1º de agosto, duas pessoas queridas de Candiota e Pinheiro Machado perderam suas vidas em função de acidentes nesses locais, sem falar de outras várias mortes e pessoas que ficaram feridas ou sequeladas.
PEDIDOS – Além disso, os representantes políticos das comunidades há mais de 20 anos fazem solicitações e requerimentos pedindo alterações junto aos órgãos federais, mas que nunca foram atendidas. Os principais pedidos e que pauta a mobilização nesta sexta, é que se instale urgente lombadas eletrônicas ou pardais, bem como, em médio prazo sejam construídas rótulas semelhantes as que foram feitas em Dom Pedrito.
OBSOLETOS – A BR-293 foi construída na década de 1970. O trecho na região inicia em Pelotas (km 0) e vai até Livramento. O trajeto entre Bagé e Pelotas, via transporte rodoviário, antes da BR-293, era feito por uma estrada que passava pela Trigolândia (Hulha Negra), Seival (Candiota) e seguia mais ou menos a linha férrea e obviamente que era de terra.
Com a BR, asfaltada, as coisas melhoraram e muito, além de novas perspectivas, inclusive econômicas, se abriram regionalmente.
Mas como tudo nesta vida, é preciso evoluir. Como bem frisa o vereador pinheirense Éliton Rodrigues (MDB), os trevos construídos ao longo da BR foram os tecnicamente chamados de vazados, ou seja, sem rótulas ou contornos. Para a época, esse tipo de engenharia servia perfeitamente, porque havia menos fluxo e os veículos eram mais lentos. Contudo, mesmo assim, ao longo do tempo e ainda lá na década de 1970, há registros de acidentes fatais nesses cruzamentos.