Angela terminou o tratamento há oito meses Foto: Divulgação TP
Nesta segunda-feira (8), é o Dia Mundial de Combate ao Câncer, doença que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, aponta 704 mil casos novos no Brasil para cada ano do triênio 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. Para falar sobre a experiência com a doença e superação, nesta edição a história da candiotense Angela Maria Oliveira da Rosa, 54 anos, será contada.
Diagnosticada com câncer de estômago (gástrico), ela recebeu a notícia em outubro de 2022 e ficou em tratamento de quimioterapia durante seis meses, até realizar a cirurgia. Há 12 anos trabalhando no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Candiota, Angela contou que receber a notícia foi muito difícil e mais ainda para enfrentar o que estava por vir. “Foi muito difícil porque eu não tinha nenhuma suspeita para a doença, apenas uma úlcera”, relembrou, afirmando que nunca pensou em desistir.
Ao falar da cirurgia, a profissional disse que foi muito tranquila, mas que o pós foi um pouco mais complicado, pois teve infecção de parede e precisou voltar para o bloco cirúrgico mais uma vez. “Agora ainda estou aprendendo a me alimentar, como comer mais devagar e pouco, pois foi retirado uma parte grande de onde estava o tumor”, contou.
SUPERAÇÃO
Com o tratamento de quimioterapia concluído há oito meses, a cada 90 dias ela precisa realizar novos exames de rotina, como marcadores tumorais, tomografia e endoscopia. Sobre voltar ao trabalho, Angela disse que pensa bastante, mas que ainda não tem condições de retornar com as atividades por ter ficado com sequelas do tratamento, como enjoo e a neuropatia periférica, mas atualmente frequenta a academia para auxiliar nesta parte.
“Sinto falta do trabalho, mas assim que me recuperar quero voltar”, comentou, dizendo que teve todo o apoio da família e dos amigos, que nunca a abandonaram e que estão sempre com ela. Ao finalizar, Angela agradeceu a Deus e familiares, pela força e coragem nesta caminhada com muita fé e oração, deixando um recado para quem está enfrentando a mesma batalha ou que acabou de receber o diagnóstico. “Que tenhamos bons pensamentos e desejos, e que nunca nos falte força para lutar. Faça exame de rotina, acredite e mesmo que pareça difícil, não pare. O câncer não é uma sentença de morte”, concluiu.
NO MUNDO
Em fevereiro de 2024, o site da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), divulgou a estimativa de que houve 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes em 2022. O número estimado de pessoas vivas dentro de cinco anos após o diagnóstico, foi de 53,5 milhões.
Ainda, foi informado que uma em cada cinco pessoas desenvolverá a doença durante a vida.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
