Encerrou no domingo (8), a 25ª edição do Canto Moleque da Canção – onde começa o artista, que aconteceu durante quatro dias no ginásio municipal Lucas Porciúncula, na sede do município de Candiota. A organização do festival acredita que cerca de 7 mil pessoas passaram pelo local, onde prestigiaram os jovens artistas e as atrações oferecidas ao público, ambos de forma gratuita. Mais de 70 jovens passaram pelo palco neste ano, sendo que 52 disputaram a grande final. Representantes de Candiota, Santana do Livramento, Canguçu, Bagé, Porto Alegre e Aceguá, estão entre os vencedores desta edição.
O secretário de Cultura, Esporte e Juventude, Juliano Corrêa, agradeceu todas as pessoas que fizeram parte da 25ª edição, ressaltando em especial os patrocinadores máster. “No ano passado quando finalizamos a 24ª edição, já fomos atrás de fazer um novo projeto da Lei Rouanet, e quando aprovado já começamos a buscar a captação de recursos. Agradeço Seival Sul Mineração (SSM), Rede Peruzzo Supermercados e CMPC, que aprovaram 100% do nosso projeto na captação de recursos. Também a Pampa Sul, Âmbar Energia, Sicredi, Rede Conesul, Jornal Tribuna do Pampa, Rádio Interativa e todos que nos apoiaram”, disse ele, relembrando quando organizava há 20 anos atrás a 8ª, 9ª, 10ª e 11ª edição do Canto Moleque. “E agora eu finalizo a minha participação frente a organização nesta 25ª edição com chave de ouro, vendo que tudo saiu como planejado”, concluiu.
A coordenadora do Tradicionalismo, Julia Graziela Azambuja, avaliou o Canto Moleque da melhor forma, explicando que o quarto dia incluso no festival foi escolhido juntamente com a equipe, para que pudessem valorizar ainda mais o projeto Canto Moleque nas Escolas. “Ele ainda está engatinhando, mas já tem frutos de um belo trabalho feito pelo Alexandre Brose e Ederson Reis, que fizeram com que as crianças chegassem ao palco mesmo com frio na barriga”, disse ela, agradecendo a banda geral do projeto e a toda equipe que ajudou na organização e realização do evento.
Ainda, Julia disse que uma novidade deste ano é em relação as planilhas, que foram feitas de maneira eletrônica. “Agradecemos o Pablo Lima por ter feito esse trabalho, pois essa também é uma maneira de ajudar o meio ambiente e não utilizar papel”.
ACESSIBILIDADE AO PÚBLICO
Uma das grandes diferenças desta edição, foi a questão da acessibilidade para o público, tanto para o presente quanto para quem ficou acompanhando de casa. De acordo com o produtor cultural, Fabrício Harden, todos os projetos aprovados pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, precisam ter acessibilidade. O local foi preparado com intérprete de Libras para deficientes auditivos, lugares reservados para cadeirantes, áudio descrição para deficientes visuais, óculos especiais e fones, abafadores de ouvido e criptogramas para deficientes intelectuais.
Em um dos dias do Canto Moleque, a organização recebeu a mensagem de uma espectadora que estava acompanhando tudo de casa. Ela, deficiente visual, agradeceu pela acessibilidade e informou que mesmo sem conseguir enxergar, estava vendo tudo graças a áudio descrição. No local, a reportagem do TP conversou com o casal, Juliana Cardoso e Michel da Silva, cadeirante, que prestigiou o evento presencialmente e utilizou do lugar reservado especialmente aos cadeirantes. “Nós achamos muito legal ter esse espaço, ficamos bem na frente e assim o Michel conseguiu assistir todas as apresentações”, disse Juliana.
A intérprete de Libras que assumiu a missão de levar tudo o que estava acontecendo aos deficientes auditivos, Adriana Martins da Silva, afirmou que o evento foi grandioso em cultura e oportunidades, mencionando o incentivo para as crianças e adolescentes. “Fiquei agradecida pela oportunidade e encantada pelo evento”, falou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*