Os Cerros do Baú

Tu já ouviste falar no “Cerro do Baú”? Pois bem, na região da campanha existem dois: um em Candiota, próximo à fronteira com Pinheiro Machado e outro em Pedras Altas, no caminho de quem vai para Herval. Ambos são acidentes naturais que denominam essas regiões, porém, com características diferentes. O de Candiota é uma formação rochosa relativamente pequena, semelhante a um socavão. Já o de Pedras Altas, é um cerro alto, coberto com pedras esbranquiçadas, que é avistado de longe no horizonte. Tudo indica que, no passado, ele teria servido de referência, ou seja, como orientação, tanto para os moradores locais, bem como para viajantes. Em torno de seu cume, existe a lenda que diz que ali haveria um tesouro enterrado. Já no topo da pedra, que fica ao dado do cerro de Candiota, existem cruzes de ferro, de origem desconhecida. Mas, afinal de contas, qual seria a origem do nome desses acidentes naturais? Quem sabe tu imagines que é em função da formação deles, que lembra um baú? Na realidade, o nome tem suas raízes etimológicas, oriundas dos termos tupi guarani: Embaú que significa “o beber de bica”, “a bica”; ou Mbaú, que quer dizer “o beber do extremo” ou “a última aguada”.
Fontes:
Glossário etimológico tupi-guarani: termos geográficos, geológicos, botânicos, zoológicos, históricos e folclóricos de origem tupi-guarani, incorporados ao idioma nacional/L.F.R Clerot – 1ª reimpressão, Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, Conselho Editorial, 2011. 514 p. (Edição Senado Federal; v. 143).

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