DIA MUNDIAL

Os desafios e a superação após receber o diagnóstico de um câncer de pulmão e um de pele em pouco tempo

Dona Claudete conseguiu vencer a doença após um longo período de tratamento e sua fé em Deus

Claudete tem 69 anos Foto: Divulgação TP

O último dia 4 de fevereiro, foi marcado por ser o “Dia Mundial do Câncer”, que tem o objetivo de levar informações sobre a prevenção e controle da doença para a população em geral. De acordo com o site da Biblioteca Virtual em Saúde, atualmente cerca de 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência do câncer, sendo que deste número, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos.

Para marcar a data e falar sobre superação, a bageense de nascimento, mas há muito tempo radicada em Candiota, Claudete Oliveira Ferreira, 69 anos, contou como enfrentou os cânceres de pulmão e de pele em um espaço de aproximadamente três anos. Além dela, a dermatologista Helena Grimaldi, fez um alerta sobre os cuidados com a pele ao se expor ao sol.

 

CÂNCER NO PULMÃO

 

Há aproximadamente seis anos, Claudete teve uma infecção respiratória e precisou fazer um exame de Raio-X , onde o médico constatou que havia uma mancha e a encaminhou para uma tomografia, quando foi diagnosticada com câncer pela primeira vez.

Segundo Claudete, quando chegou ao Cion e foi questionada se sabia o que tinha, foi parabenizada pelo médico por ter aceitado a doença e procurado atendimento. “Mas tanto fazia eu aceitar ou não, pois a doença já estava no meu corpo”, comentou ela. Em seguida, ela foi encaminhada para Porto Alegre, onde realizou alguns exames e retirou o tumor que estava concentrado no pulmão direito em uma cirurgia que durou cerca de sete horas.

“O médico me disse que eu ficaria quatro dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas Deus me disse que no outro dia eu iria para o quarto, e assim aconteceu”, disse, contando que tempo depois precisou retornar para drenar o local da cirurgia. “Mas tudo ocorreu muito bem, nunca senti dor”.  Durante três anos, Claudete precisou fazer tratamento e ir a cada 30 dias em Porto Alegre, e com o tempo os retornos ficaram espaçados.

Ao ser questionada sobre qual foi o momento mais marcante neste período, Claudete respondeu que foi o início da doença, pois no mesmo mês havia perdido o seu irmão em um acidente.

 

CÂNCER DE PELE

 

Após ter sido curada do câncer no pulmão, a candiotense de coração procurou um dermatologista para avaliar uma pequena mancha no punho, a qual já convivia há mais ou menos 10 anos. “O dermatologista fez o exame, enviou para a biópsia e então veio o diagnóstico do câncer de pele”.

Durante o tratamento, Claudete precisou retirar parte da barriga para fazer o enxerto no braço, e mesmo sendo um procedimento menor, ela disse que sentiu algumas dores, diferente da primeira vez. Ao finalizar, ela deixou uma mensagem aos leitores. “Quem descobrir a doença, primeiramente aceite, lute e acredite, pois pode haver superação assim como aconteceu comigo”, concluiu.

 

CONSULTAR REGULARMENTE

Médica Helena falou sobre os cuidados com a pele Foto: Divulgação TP

Em conversa com a médica pós-graduada em dermatologia, Helena Grimaldi, ela falou sobre dois tipos de câncer de pele, a importância do filtro solar e da ida regular ao médico. Segundo Helena, o melanoma é o mais perigoso de todos e está relacionado a exposição solar intensa e intermitente, ou seja, quando não é contínua. “É como aquela pessoa que vai na praia uma vez ao ano e se queima”, explicou ela, informando que este é o tipo de doença que requer um tratamento mais delicado e pode gerar metástases.

Já o carcinoma como o basocelular e espinocelular, está relacionado a exposição solar mais crônica, de todos os dias, como as pessoas que trabalham no campo, por exemplo. Nesse caso, a pessoa terá metástase se a doença estiver muito avançada. “Por isso a consulta ao médico deve ser regular”. Em relação aos cuidados, principalmente na temporada de verão que as praias e piscinas são mais procuradas, é preciso ter cuidado com o raio Ultravioleta B (UVB), que tem pico de radiação entre às 10h e 16h e que é mais cancerígeno.

Ao finalizar, a médica indicou o uso do protetor solar fator 30 diariamente e que seja reaplicado ao longo do dia.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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