SAÚDE

Secretário de Saúde de Piratini fala sobre terceirização e número de profissionais

Secretário explicou acerca dos questionamentos dos parlamentares

Secretário explicou acerca dos questionamentos dos parlamentares Foto: Maurício Goulart/Especial TP

Em sessão realizada na última segunda-feira (19), o secretário Municipal de Saúde, Diego Espindola, esteve acompanhado de parte de sua equipe na Câmara de Vereadores, para falar sobre os serviços desenvolvidos pela Pasta. Entre os assuntos discutidos, mais fichas nos postos de saúde da cidade para a comunidade rural, bem como, o convênio com o Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição, foram debatidos.

O vereador Lourenço de Souza (PT), que já havia manifestado descontentamento em sessão anterior, com relação à dificuldade da comunidade rural de conseguir fichas no posto de saúde da cidade, já que muitas vezes não chegam a tempo e acabam não conseguindo consultar ou realizar qualquer outro procedimento.

Os vereadores Jimmy Carter (MDB) e Carlos Caetano (PDT), também se colocaram a favor em dar prioridade para a comunidade rural, no entanto, o Secretário de Saúde, disse que não depende somente dele e disse que é necessário cumprir com o que o sistema de atendimento básico possibilita, mas salientou que não tem medo de quebrar os protocolos embora tenha em torno de cinco processos que segundo ele muitas vezes são realizados para o bem estar do cidadão.

“Atendemos 35 mil procedimentos na atenção básica, sendo que oito mil foram atendimentos de mutirão no interior do município”, ressalta Espindola, que também disse que sobram fichas para que as pessoas sejam atendidas, no entanto, isso precisa ser ajustado e por isso, será realizado uma central de agendamento para a comunidade rural. Já com relação aos atendimentos nos postos de saúde na cidade, o secretário garantiu que pela primeira vez na história da cidade, houve 100% de cobertura no Estratégia da Saúde da Família, enquanto que na área rural, o percentual está em aproximadamente75%.

TERCEIRIZAÇÃO – Para o secretário, a única alternativa para que a saúde não sucumba, é terceirizando. Atualmente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), necessita de um enfermeiro, cinco técnicos de Enfermagem e cinco condutores. Segundo ele, o hospital local detém o convênio com o Samu, mas não quer continuar. “Estamos correndo o risco de fechar o Samu caso não conseguirmos trazer esses funcionários”, pondera.

Conforme manifestou Diego Espindola, o Governo do Estado deve para o município uma quantia de R$ 270 mil que não foi empenhado, por isso, o secretário enfatiza que não tem arrecadação para dar liberdade para o prefeito e ajustar algumas carências que hoje dificultam no desenvolvimento do serviço. Com isso, a única ferramenta que poderá auxiliar e é vista como alternativa para o secretário é a terceirização do serviço, mas de uma forma legal, nos moldes de uma organização sem fins lucrativos. “Saúde pública ninguém pode ter lucro”, ressalta.

CONVÊNIO HOSPITAL – Atualmente, o Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição, está atrás somente de Pelotas e Rio Grande, e por isso, exerce importante papel para o atendimento regional de mais de 20 municípios. “Nosso hospital é referência e está ainda garantido diante das políticas públicas adotadas”, expõe. No entanto, Diego Espindola ressalta que o hospital de Piratini corre o risco de perder no atendimento de geneticista. De acordo com a enfermeira chefe Luciana, a realidade infelizmente é essa, o financiamento é insuficiente, pois é necessária uma equipe completa e o custo é de aproximadamente R$ 150 mil por mês, tornando difícil o município arcar com as despesas.

Já com relação ao atendimento básico, a enfermeira disse que atualmente 160 pessoas são atendidas diariamente no município, além dos procedimentos no hospital local. É possível também que pessoas que residem no interior façam o agendamento por telefone, o que já está gerando bons resultados.

Por fim, embora a saúde em Piratini continue sendo referência, o secretário faz um alerta. “Diante das dificuldades que assolam o país, é necessário mais profissionais para compor a equipe para que a saúde no município continue demonstrando resultados, mas para isso, precisamos de mecanismos para que este trabalho seja desenvolvido com sucesso”, finaliza Espindola.

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