TRANSCAMPESINA
A rodovia Transcampesina – projeto de asfaltamento de cerca de 170km de estradas rurais interligadas de Aceguá, Hulha Negra, Candiota, Pedras Altas e Herval, já não são apenas um sonho distante de se ter uma via que integre esses municípios e seja um corredor alternativo da região para o Uruguai e para o Porto de Rio Grande. Hoje já começa ser realidade.
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O projeto já tem recursos já garantidos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), na ordem de 15 milhões de dólares (cerca de R$ 87 milhões na cotação desta semana) – numa articulação do governo federal; além de R$ 17 milhões de uma emenda coletiva da bancada gaúcha no Congresso Nacional e mais 200 mil dólares (cerca de R$ 1,1 milhão) do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) para o custeio anteprojeto executivo da primeira etapa da rodovia. O projeto é liderado pelo Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja).
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Segundo informações vindas do presidente do Cideja e prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB), e do responsável pelo grupo técnico da Transcampesina dentro do Cideja, prefeito de Hulha Negra, Fernando Campani (PT), a expectativa é de que a obra seja iniciada ainda em 2025, com a execução dos primeiros 50km, que saem de Aceguá (Camal), passando pelo assentamento Conquista da Fronteira (Hulha Negra), indo até o Passo do Neto (limite entre Hulha e Candiota). Outro trecho, já em território candiotense, do Passo do Neto, passando pelo assentamento Roça Nova em direção a escola Santa Izabel e assentamento Oito de Agosto também está em fase avançada com recursos garantidos.
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Também, o Cideja já negocia com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), para o financiamento do restante da elaboração do projeto executivo, além da busca de recursos para a obra em si. Há uma possibilidade de agora no mês de junho haver um encontro entre os representantes do Cideja e o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi para debater a pauta.
ESTRADAS RURAIS
A Transcampesina é pensar fora da caixa em termos de soluções para as estradas rurais de nossa região, que são, há uma eternidade, uma incrível dor de cabeça para gestores e usuários. Porém, apenas a Transcampesina é muito pouco. Seguir colocando milhões, como será agora com os recursos que virão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), usando a velha e batida técnica de encascalhar, abaolar e embueirar, não pode ser a regra. É preciso pensar soluções mais duradouras e eficazes, senão é como enxugar gelo, colocando recursos públicos, que são escassos e preciosos, em práticas notadamente sem durabilidade.
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Falando em recursos do Incra, a vereadora Luana Vais (PT) fez um alerta na tribuna da Câmara de Candiota. Ela lembrou que assim que as terras de assentamentos na região estiverem todas tituladas, ou seja, escrituradas em nome dos agricultores e agricultoras, os recursos do Incra não poderão mais ser acessados, pois as estradas serão de total responsabilidade dos municípios. Por isso a importância de se pensar soluções duradoras e não paliativas e caras.
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Claro que não será feito, mas imagina pegar esses milhões do Incra e investir em pavimentação do trecho que der o recurso? Vale lembrar os valores que virão para os municípios do Cideja para recuperar estradas de terra: Candiota (R$ 11,5 milhões), Hulha Negra (R$ 15,4 milhões), Pedras Altas (R$ 2,4 milhões), Pinheiro Machado (R$ 2,4 milhões), Herval (R$ 3,4 milhões), Piratini (R$ 12,1 milhões) e Aceguá (R$ 2,4 milhões).
INDEPENDÊNCIA EM PINHEIRO
A vereadora Samanta Rochel (MDB), que já votou duas vezes contra o governo em projetos de autoria do Executivo – um que criou cargos em comissão (CCs) e outro para contratação de motoristas (esse rejeitado) -, tem demonstrado independência em seus posicionamentos e reafirmou isso na última sessão. Segundo ela, se precisar elogiar ou criticar o governo, ela o fará, assinalando que não vai passar a mão na cabeça do prefeito. Samanta aproveitou o espaço para criticar a atuação das Secretarias de Saúde e Obras, responsabilizando os gestores dessas pastas e apontando problemas em ruas e estradas, além de uma denúncia na atuação dos agentes de saúde.
SIMCA
O Sindicato dos Municipários de Candiota (Simca) está aguardando uma resposta do Executivo em relação a reposição salarial deste ano, sendo que a data-base da categoria é 1º de março. O presidente da entidade e vereador Marcelo Belmudes (PT) tem cobrado uma posição da Prefeitura, pois, segundo ele, há espaço orçamentário para um reajuste, assinalando que a receita aumentou em mais de R$ 2,8 milhões nos primeiros meses de 2025. O Simca aguarda uma resposta formal, estando com uma assembleia convocada para o dia (15), quando se tomará uma decisão sobre os rumos da negociação salarial. Segundo o Simca, a Prefeitura encaminhou um ofício dizendo que está fazendo uma análise da situação financeira do município neste mês de abril.