Para acabar com a baderna

No último domingo o Brasil assistiu algumas cenas que “estavam no script, como se diz. A invasão do Supremo, da Câmara, do Planalto, era prevista e não vi nada de tão contundente assim, além do fato de que Supremo e Planalto são invadidos pela primeira vez. Alguns estragos que serão arrumados e nada mais.

Ação realizada num domingo. Dia ideal. Ninguém trabalhando. Coisa de covardes associados ao governo do Distrito Federal que se aliou à baderna, devidamente autorizada pelo governador, pelo secretário da Segurança Pública e pelo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal. Estes deveriam ser presos e esquecidos em algum presídio por aí. É o mínimo que se pode esperar de um Judiciário que viu o Supremo Tribunal Federal ser danificado como foi. Por enquanto, o governador foi apenas afastado por 90 dias e os outros dois devem ser presos nas próximas horas, se ainda não foram.

Porém, todo mundo sabe quem está por trás desta baderna toda, Jair Bolsonaro, que por enquanto está “de férias” nos Estados Unidos.
Tudo anunciado.

A baderna cercou os quarteis e os militares não fizeram nada. Nem o Judiciário, nem o Executivo, nem o Legislativo.

A baderna foi criar tumulto na frente da casa dos generais e o Exército não fez nada, nem o Judiciário, nem o Executivo, nem o Legislativo.

A baderna pegou geral. Queriam o quê?

Eu acho que queriam. O Exército, o novo governo, o Judiciário e o Legislativo. Todos.

As Forças Armadas, que normalmente simplificamos como o “Exército”, sabendo que não há como dar um golpe de Estado, vai se livrar da baderna na volta dos quarteis.

O Judiciário poderá tomar decisões que vinha protelando, pois agora passa a ter um apoio muito significativo da sociedade, uma vez que a ampla maioria de quem faz oposição não é baderneiro e respeita o resultado das urnas. Quer apenas trabalhar e melhorar o país.

O Legislativo, que também foi eleito, diante da reação da sociedade, aprova medidas para acabar com a baderna, como a intervenção no Distrito Federal, ainda que a maioria, a princípio, seja de oposição ao governo.

O Executivo fica mais à vontade para usar o palavreado que quiser, como Lula que passou a chamar Jair Bolsonaro de genocida, que será como a história lembrará deste, e que é vítima do que o presidente chamou de “aloprados” que não se deram conta que a eleição acabou.

Como aconteceu nos Estados Unidos, primeiro o impacto da invasão do Capitólio, depois a normalidade. O maior perdedor foi o ex-presidente que apoiou a invasão.

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