Para decidir, de novo

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*Marco Antônio Ballejo Canto

No próximo domingo, eleições decidem quem vai administrar as principais capitais brasileiras e ou­tras das maiores cidades do país.

Neste mês de novem­bro, já vimos os Estados Unidos decidirem pelo fim da era Trump na presidên­cia do país. Ainda esperne­ando, berrando, bufando, fazendo birra, como um irresponsável guri mimado, Trump não aceita a derrota por cerca de seis milhões de votos de diferença e larga margem no colégio eleitoral. O mundo observa a lenta agonia de uma liderança planetária que acredita que dinheiro vale muito mais que sabedoria. Joe Biden, o vencedor, poderá não ser um grande presidente, mas já cumpriu grande parte do seu papel na história ao vencer nas urnas a intolerância, a arrogância e a síntese da mediocridade que Trump representa.

Em Porto Alegre, o prefeito Marchesan é um Trump em escala municipal. Estive na FIERGS, logo depois de sua posse, quando ele fez um discurso que me fez pen­sar que tudo que eu havia visto, como prefeito de Porto Alegre, eram apenas mediocridades. Ele representava a última bolachinha do pacote, segundo ele mesmo. Porto Alegre estava vendo o supra-sumo da excelência. Quatro anos depois, nem segundo turno pegou e deixa o governo visto pela maioria da sociedade como um medíocre.

A humildade é uma virtude de caráter. Alguns nunca leram, nem aprenderam, sobre isto.

Bolsonaro, no Brasil, foi o grande derrotado nestas eleições. Sem Trump, ficou sem pai, nem mãe, como se diria pelo interior. Outro que se encaminha para o lugar onde suas poucas virtudeso levarão. Só Lula, outro der­rotado nestas eleições, poderá mantê-lo em evidência, se Lula insistir em ser candidato em 2022. Hoje, neste país que merece um pouco mais de respeito por parte de seus governantes maiores, os radicalismos devem ser extintos e o bom senso e a sensatez devem ocupar os espaços mais relevantes.

Manter um governo que distrata todos os dias o maior parceiro comercial, a China, e é visto como medío­cre pela expressiva maioria dos países e empreendedores mais importantes do mundo não é uma boa medida para o povo brasileiro. Como neste domingo, em 2022 o destino do Brasil será decidido pelo povo brasileiro.

Há quem pense que o povo não aprende. Errado. O que faz uma pessoa ou um povo mudar, normalmente, é o sofrimento. Depois da reforma trabalhista, da reforma da previdência, o aumento do custo dos alimentos reflete mais nos mais pobres, enquanto os donos do agronegócio ganham muito exportando com o dólar alto.

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