ACORDO COLETIVO

Para mineiros de Candiota reunião na segunda-feira é definitiva

Assembleia aconteceu no final da tarde de hoje (31) em frente a CRM/Mina de Candiota

Assembleia aconteceu no final da tarde de hoje (31) em frente a CRM/Mina de Candiota Foto: J.André TP

Os mineiros estiveram reunidos em assembleia geral no final da tarde desta quarta-feira, 31, em frente a sede administrativa da Mina de Candiota, pertencente a Companhia Riograndense de Mineração (CRM).

Na oportunidade eles deliberaram que a reunião marcada para segunda-feira, 5, entre as direções do Sindicato dos Mineiros de Candiota e da CRM, em Porto Alegre, será definitiva em relação ao processo de negociação do acordo coletivo de trabalho 2016-2017. O encontro é a partir das 13h30, na sede da Companhia.

Segundo o presidente do sindicato, Wagner Pinto, a CRM está oferecendo 6,88% de reposição salarial, entretanto o que a categoria reivindica é 9,83%, que, conforme o sindicalista, é o mesmo que foi dado aos trabalhadores da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e representa a inflação do período. Também, os mineiros pedem judicialmente, o pagamento de 2,57%, que é um resíduo do acordo 2015-2016. A categoria, em caso de frustração nas negociações, não descarta a realização de greve. “Nossa posição é bem clara e a reunião de segunda para nós é definitiva”, assinala Wagner.

O presidente do sindicato Wagner Pinto, considerou a nota emitida pela direção da CRM uma ameaça

O presidente do sindicato Wagner Pinto, considerou a nota emitida pela direção da CRM uma ameaça Foto: J.André TP

Em nota emitida pela direção da CRM nesta terça-feira, 30, é reafirmada a nova rodada de negociações na segunda-feira, assinalando que está sendo proposto 8,71% de reajuste, além de reconhecer as possíveis perdas anteriores, mas que estas devem ser discutidas no próximo dissídio. “A CRM vive, talvez, o momento mais delicado da sua existência, e não acreditamos que nossos principais parceiros, os colaboradores da Companhia, deflagrem greve em um momento que o país vive uma grave crise financeira com milhões de desempregados”, afirma o trecho final da nota.

O sindicato contesta a proposta de 8,71%, alegando que a CRM exige a retirada de ação judicial do dissídio passado, o que diminuiria este índice proposto.

REPÚDIO – A relação entre as direções do sindicato e da CRM vem de algum tempo se deteriorando, contudo, ao que o TP apurou, a nota emitida pela direção da CRM esta semana, piorou ainda mais a situação.

O presidente Wagner Pinto avalia a nota como uma ameaça aos trabalhadores. “Nós repudiamos o que foi dito e classificamos como uma falta de respeito. É muito fácil ameaçar os funcionários do quadro, quando se tem mais de 400 empregos terceirizados”, disse, lembrando outra luta da entidade de longa data, que é pela diminuição do número de empresas terceirizadas em atividades fins da estatal.

Comentários do Facebook