MOBILIZAÇÃO

Passeata marcou o dia internacional da não violência contra a mulher em Pinheiro Machado

Mobilização contou com a presença da comunidade, que carregou cartazes e balões brancos Foto: Divulgação TP

A Prefeitura de Pinheiro Machado, através da Secretaria de Saúde e Ação Social e do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), realizou na manhã da quarta-feira (25) uma passeata em alusão ao dia internacional da não violência contra a mulher. A iniciativa, conforme informado pelo padre Junior Conrado, contou com o apoio da Paróquia Nossa Senhora da Luz. Membros da comunidade percorreram as ruas do centro carregando cartazes e balões brancos.

De acordo com Juacema Lima, assistente social do município e uma das organizadoras do ato, a intenção era chamar a atenção da população. “Buscamos a conscientização das pessoas para essa luta que é tão importante e que tem que ser das mulheres, dos homens e de toda a sociedade. Nós precisamos nos importar sim com o que acontece, porque os filhos que estão dentro de lares onde suas mães são agredidas acabam também se tornando pessoas agressivas e convivem em sociedade junto com a gente. Temos que legitimar essa luta e contra qualquer tipo de violência. Acho que valeu muito a pena, um pinguinho de consciência que a gente conseguir colocar na mentalidade de cada um é muito importante e já somos vitoriosos”, disse.
Os organizadores também garantiram seguir todos os protocolos sanitários para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, com uso de máscara, álcool em gel e mantendo o distanciamento social durante todo o trajeto.

Participantes da passeata percorreram as ruas do centro da cidade nesta quarta-feira (25) Foto: Divulgação TP

ENTENDA – A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada. A perspectiva de gênero para compreender a violência contra as mulheres resultou de um longo processo de discussão. Utilizar a categoria de análise gênero, neste caso, significa assumir que a violência decorre de relações desiguais e hierárquicas de poder entre homens e mulheres na sociedade, e que não se deve a doenças, problemas mentais, álcool/drogas ou características inatas às pessoas, mas sim, uma construção social. Atualmente, 125 países possuem leis específicas de proteção à mulher, sendo que a legislação brasileira (Lei Maria da Penha) é considerada uma das três mais avançadas do mundo.

SAIBA MAIS – No dia 25 de novembro comemora-se o dia internacional da não violência contra a mulherA data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960.

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro era o dia oficial do movimento em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

Nos dias de hoje a data vem sendo promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, sendo fonte de divulgação, inclusive, para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher. A campanha, que vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, também contempla outras datas significativas como o 1º de dezembro (dia mundial de combate à Aids), 6 de dezembro (massacre de mulheres de Montreal) e 10 de dezembro (dia internacional dos direitos humanos).

 

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