
Técnica tem trazido muitas melhorias para os pacientes Foto: Divulgação TP
Buscar alternativas que pudessem trazer melhoras na saúde da população foi o objetivo principal da Prefeitura de Pedras Altas, através da Secretaria de Saúde, via Sistema Único de Saúde (Sus), ao implantar o projeto Acupuntura para o tratamento de pacientes. O método foi aderido após a realização de uma pesquisa e o diagnóstico de que grande parcela da população sofria com dores crônicas e consumia frequentemente analgésicos e anti-inflamatórios.
Em contato com a secretária de Saúde de Pedras Altas, Vera Regina Gomes, ela explicou que o projeto surgiu em razão da comunidade apresentar doenças como Bursite, Tendinite, dores na coluna, dores na cabeça, além de outros problemas onde principal ponto era a dor. “Após um estudo da equipe em 2017, nos reunimos para ver que atitude poderíamos tomar e que ainda não tivesse sido aplicada no município para a população. Foi quando surgiu a acupuntura e iniciamos um trabalho de educação através de conversas com moradores do interior, grupos de hipertensos e por fim com os residentes da sede, que logo aderiram pela facilidade de acesso do atendimento”, explica Vera.
Questionada pela equipe do TP quanto aos resultados do projeto, Vera diz entender que a equipe tomou o caminho certo em tirar medicação que possui efeito colateral e passar a inovar. “Estamos levando uma saúde de qualidade para a população. Hoje percebemos que dores passaram e a população não utiliza mais tanta medicação. Eles têm uma qualidade de vida melhor. Isso é resultado do nosso trabalho e nos enche de orgulho”, destaca a secretária.

Homens e mulheres aderiram ao tratamento Foto: Divulgação TP
Os atendimentos são realizados pela enfermeira pós graduada em Acupuntura, Luciane Rosa Lucas, que contou sobre a preocupação em atender diariamente pacientes com dores agudas e crônicas, o que a fazia pensar em uma maneira de auxiliar essas pessoas. Ela falou ao TP sobre a evolução do tratamento e os resultados vistos nas pessoas atendidas. “Pacientes relatam que desde a primeira sessão já sentiram melhora, mas que a partir da quarta, muitos deixaram te tomar medicamentos e já conseguem conviver sem sentir dor. Percebemos também uma melhora dos pacientes em casa, no convívio familiar. Muitos não conseguiam mais fazer direito as tarefas do dia a dia e devido a estresse e irritabilidade em decorrência da dor, estavam com problemas com a família. Hoje esses pacientes contam que levam uma vida normal, alguns já frequentam bailes, festas e até academias”, relata a profissional.
O TP também falou com duas pacientes em tratamento de Acupuntura. Elas iniciaram logo após a implantação do projeto e relataram grandes melhoras. Regina Gonçalves, que sofria com problemas de coluna e no joelho falou dos avanços com o tratamento. “Quando cheguei na Acupuntura quase não caminhava, era muito difícil, praticamente só andava agarrada a alguém ou alguma coisa. Hoje estou super bem”, relata.
Já Sonia Lucas destacou a importância do tratamento para o trabalho. “Fui diagnosticada com bursite, tinha muita dor no braço direito, tomava medicação e necessitava de atestado médico em razão de não conseguir trabalhar em consequência das dores. Agora com o tratamento com agulhas, melhorei bastante, não preciso mais tomar medicação e as dores não me impedem mais de trabalhar”, contou.
Com relação ao desenvolvimento do projeto, o prefeito Bebeto Perdomo disse que segue a política pública de governo da atual gestão. “É um projeto com tratamento intensivo voltado para a medicina alternativa curativa preventiva. Atinge todas as comunidades e traz bons resultados, o que nos leva a crer que estamos no caminho certo, buscando soluções para a saúde da nossa comunidade”, afirma.
ACUPUNTURA – O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico – igualmente baseado em ensinamentos clássicos da Medicina Tradicional Chinesa – e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, chamados de “Pontos de Acupuntura” ou “Acupontos”, que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas “meridianos chineses” ou “canais de energia”, para obter diferentes efeitos terapêuticos conforme o caso tratado.
Os acupontos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação conforme o caso. O sentido das agulhas, o tempo e a forma de estimulação também podem variar conforme o tratamento específico. Condições de excesso (de chi ou de xué) são tratadas com estimulações menos vigorosas e pouco demoradas, ao passo que condições de vazio ou deficiência pedem manobras de entrada e retirada (não se retira totalmente a agulha, apenas se dá pequenos solavancos para cima e para baixo), fricção (na parte áspera da agulha), giros de um lado para outro ou mesmo pequenos petelecos na ponta exposta da agulha.