Em conversa com o TP, o delegado Max Otto Ritter, que responde pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor) de Porto Alegre, confirmou que concluiu o inquérito policial da investigação de possíveis irregularidades numa licitação para compra de caminhões fora de estrada feita pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM), no ano de 2022.
OFF ROAD
Nos dias 14 e 15 de agosto deste ano, a Polícia Civil, por meio da Decor e da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR), deflagrou a Operação Off Road, que visava investigar um possível direcionamento licitatório na aquisição de três caminhões do tipo fora de estrada. Durante as ações, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Candiota e Santa Cruz do Sul, resultando na apreensão de diversos celulares e documentos.
Na época, o delegado Max assinalou que os veículos dos modelos Randon Perlini e RD 470, custaram um valor aproximado de R$ 2,1 milhões e teriam sido ofertados previamente para a CRM, tendo, conforme o delegado, a empresa ofertante vencido o certame.
Também na ocasião, o então diretor-presidente da CRM, Melvis Barrios Júnior, negou todas as acusações e em acordo com o governo do Estado, foi exonerado do cargo, assinalando que fazia isso para poder se defender.
INDICIAMENTOS
Dizendo não poder falar muito sobre a finalização do inquérito, o delegado, como referido no início, confirmou a remessa à Justiça e ao Ministério Público (MP). “O inquérito foi concluído e remetido aos cuidados do MP e Judiciário. Não posso dar detalhes, por ora. Está com o MP para oferecimento de denúncia, ou não. Houve indiciamentos pelos crimes investigados (difundidos à época). Por ora, sem maiores detalhes”, disse.
Perguntado pela reportagem se todos os investigados haviam sido indiciados, o delegado disse que nem todos. “É o máximo que posso dizer”, concluiu.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
