Entre as pautas levantadas pelos vereadores e vereadora candiotenses na sessão ordinária da última segunda-feira (11), está a ponte da Coreia. O local é um acesso de Candiota, saindo pela Vila Residencial, a propriedades rurais e ao município de Pedras Altas, mas há cerca de seis meses está sem condições de tráfego após um grande volume de chuvas que acabou arrastando a estrutura.
A ponte, mais conhecida por passagem molhada devido ao baixo nível, já ficou interditada em outras ocasiões e na última segunda, o coordenador da Defesa Civil de Candiota, Flávio Sanches, confirmou ao Tribuna do Pampa ter contatado a Secretaria de Obras do município para colocação de cargas de material para impedir a tentativa de passagem pelo local que apresenta sérios riscos.
Devido ao tempo em que a área enfrenta problemas e a comunidade está sem acesso de tráfego, o assunto virou pauta. O vereador Guilherme Barão (PDT) foi o primeiro a falar fazendo referência a publicações nas redes sociais. Ele destacou qual o papel do vereador.
“As pessoas marcam a gente no Facebook, como se a gente, vereador, fosse resolver. Lembra Luana, estávamos em Brasília junto a outros vereadores e já foi tratado esse assunto da Ponte da Coreia, lá na época em que a ponte foi água abaixo. Se passaram seis meses e até agora, nada foi feito. E os produtores que moram na região e as pessoas que trafegam naquela estrada? As pessoas não sabem que é dever do poder público. Nosso município tem um orçamento considerável. Já escrevi e reafirmo que o orçamento de Candiota é R$ 10 milhões por mês e até agora o Executivo aguarda recurso do governo federal pra fazer a ponte. Tinha que ter sido achada uma alternativa, e agora os produtores para colher a soja vão ter que fazer uma volta bem maior, muito mais gasto. Preciso dizer para a comunidade que vereador não resolve problema de ponte, vereador luta por recurso para ajudar, quem executa é o Executivo”, explanou.
Na sequência, o presidente da Casa, Gildo Feijó (MDB), afirmou que a ponte precisa de uma solução urgente, mas definitiva. “O quadro técnico da Prefeitura não aconselha mais colocar material por estar oco por baixo. Pode ocasionar uma tragédia. Sem a ponte aumenta muito o trajeto de quem vem de Pedras Altas para Candiota e vice-versa. Temos candiotenses que trabalham em Pedras Altas. Mas precisamos de ajuda, de Brasília, de todos os partidos independente de sigla, lutar pela comunidade, destacou”.
Por fim a vereadora Luana Vais (PT), destacou entender que apesar das explicações um serviço paliativo talvez seja a melhor saída no momento. “O município já fez tantas pontes, algumas caíram, mas da pra fazer algo paliativo para o pessoal seguir transitando até que se tenha uma solução definitiva. O recurso de R$ 1,7 milhão está no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR) e o projeto veio para o município corrigir no dia 4, estamos acompanhando”, sugeriu.
PREFEITURA
No mesmo dia o TP esteve reunido com o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador para tratar sobre a pauta. Questionado sobre de que forma o Executivo está atuando para resolver o problema, o gestor lembrou que diversas recuperações de maneira paliativa, tanto na época do secretário Valdenir Dutra como do secretário Paulinho Feijó foram feitas no local para viabilizar o tráfego, mas que atualmente não é aconselhável. “A situação ficou bem precária depois que ocorreram chuvas naquela época. Profissionais da equipe de engenharia analisaram o local e constataram que apresenta riscos de acidente. Se acontecer qualquer dano, se não tiver uma sustentação técnica poderá ter uma responsabilização do município. No fim de 2023 estive em Brasília, apresentamos um projeto técnico, tivemos reunião virtual, já está no sistema da Defesa Civil para que possamos obter o recurso necessário de cerca de R$ 1,7 milhão para uma ponte mais alta, mais extensa, deixando de ser passagem molhada. Não queremos mais fazer obras paliativas, queremos resolver o problema de forma definitiva. A pressa é nossa, da Prefeitura. Estou indo a Brasília e estou programando uma agenda na Defesa Civil Nacional. A documentação está em dia e uma vez liberada a obra, será feita de maneira emergencial”, afirmou Folador.
Quanto ao tráfego no local até que a nova ponte fique pronta após o recurso ser liberado, o prefeito disse se tratar de uma situação delicada, porém que pode ser repensada, com cautela, uma forma de passagem pelo local. “Não queremos prejudicar a passagem das pessoas. Fui procurado por um grupo de moradores que necessita da ponte. Mas é uma situação delicada, não é o prefeito responsável, são técnicos, teremos que analisar a possibilidade de tráfego de veículos leves”, adiantou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*