INÍCIO DO FIM DA CRISE

Prefeito de Pinheiro Machado comemora superávit em 2022 e equilíbrio nas contas municipais

Outra comemoração é a certeza de Ronaldo Madruga de que haverá continuidade do pagamento em dia do funcionalismo em 2023. Restos a pagar do governo anterior também foram liquidados

Ronaldo assumiu a Prefeitura de forma definitiva em junho de 2021 Foto: Arquivo/TP

Nos últimos anos e o TP acompanhou tudo de perto, a Prefeitura de Pinheiro Machado passou sua pior crise financeira desde a sua emancipação em 1878. Ou seja, a crise mais severa em quase 150 anos. Houve atraso no pagamento do funcionalismo, a descapitalização e falência do Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores (FAPS), o acúmulo de dívidas e, fundamentalmente, falta de recursos para a prestação de serviços públicos básicos.

Nesta quinta-feira (12), o prefeito Ronaldo Madruga (Progressistas) fez contato com o jornal para dividir com a comunidade uma notícia bem importante, que parece ser o início de uma recuperação nas finanças do município daqui por diante. Vale lembrar, que ele assumiu a Prefeitura de forma interina em 1º de janeiro de 2021, depois da anulação da eleição de 2020 e quando ele era presidente da Câmara. Em junho daquele ano, ele venceu as eleições suplementares e assumiu definitivamente o comando do Executivo, juntamente com Rogério Moura (PSB), seu vice. “Divido com vocês que zeramos os restos a pagar da gestão anterior. Fechamos com suficiência financeira frente às despesas comprometidas e também com superávit. Cumprimos nossas metas fiscais”, comemora, lembrando que também foram quitados todos os restos a pagar da gestão anterior, somando cerca de R$ 3 milhões.

Numa postagem esta semana, o prefeito também comemorou o fato de estar pagando em dia o funcionalismo, que amargou de 2017 a 2020 o atraso nos vencimentos. “Fechamos um compromisso com o servidor público pagar em dia seus proventos. E com a graça de Deus vai nos permitir se repetir em 2023, com o pagamento na última sexta-feira de cada mês”, escreveu.

Além disso, Ronaldo festejou que quando ele assumiu o município estava com classificação D na Capacidade de Pagamento (Capag) dos entes subnacionais (estados e municípios) junto ao Tesouro da União e agora está na B. Esse índice é medido pela capacidade de endividamento, investimentos em saúde e educação, restos a pagar, suficiência financeira e disposição de recursos livres. “Estamos esperançosos que com o fechamento dos números de 2022, vamos subir para o índice A”, espera.

FAPS – Um dos grandes calcares de Aquiles, como o próprio prefeito define e que é de conhecimento público, é a situação e complexidade do FAPS. Ele imagina que para salvar o funcionalismo será preciso medidas drásticas, sendo que a administração já prepara um estudo que pretende ficar pronto ainda este ano.

Ronaldo declara que em função do gargalo do FAPS está impedido de fazer um novo concurso público, porém ele afirma que as medidas serão tomadas, porém garante e tranquiliza que o atual funcionalismo não será atingido em seus direitos.

MUDANÇAS – Em conversa com o jornal, Ronaldo assinalou que para que as coisas fossem acontecendo, foram necessárias algumas mudanças na estrutura administrativa e que, segundo ele, sempre contaram com o decisivo apoio dos vereadores e vereadoras. “Identificamos os gargalos que precisavam ser estancados, mas ainda há mais mudanças fundamentais para o município avançar e o apoio da Câmara será fundamental”, avisa.

Ele elenca que a busca de recursos importantes para investimentos, o cuidado da receita e despesa diariamente foram fundamentais para os resultados obtidos. “Tivemos que elencar prioridades nos setores mais comprometidos como educação. Deixamos de ser gestores de emergência, mesmo as críticas na maioria das vezes propositais para plantar o desespero, nossa palavra de ordem frente a essas situações era calma. Nossa equipe é jovem, cheia de gás, quer deixar sua marca de resultados e comprometimento. Muitas vezes tivemos que dizer não, estamos preparados para 2023”, disse.

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